LUA CHEIA por Luísa Lobão Moniz

Hoje somos presenteados com uma linda Lua Cheia.

Esta Lua até nos faz esquecer, por minutos, as chamas, a seca, a violência às portas de bares nocturnos…

A Natureza tem destas coisas, tanto nos faz chorar de desalento e de dor da perca, como sorrir ao namorar com Luas Cheias como a de hoje.

Se calhar foram os sábios que nos quiseram apaziguar.

Quem não se emociona com as chamas gordas e destruidoras, com o fumo sufocante, com os animais queimados, com as pessoas que já cá não estão para ver a Lua Cheia, quem não se emociona com a terra gretada, completamente desidratada sem nada para dar nem à vegetação, nem aos animais, nem às barragens, nem às populações, nem às pastagens, nem a nada…parece que vamos ser engolidos, sugados pela nossa impotência de preservar a vida que nos dá vida.

Quem não se espanta, quem não fica inquieto com a violência gratuita se que se tem visto na televisão, demasiadas vezes?

Já todos sabemos que quantos mais vezes se vê e se ouve uma cena de pancada cobarde, sem se saber bem porquê, mais violência vai haver nos próximos tempos.

Parece que há uma violência latente em muitas pessoas, jovens, homens, mulheres, crianças, cada qual com a sua dimensão social. Mas que há não se pode ignorar. Era bom que se pensasse o que queremos, como queremos ter um mundo menos violento, sem violência gratuita.

O mundo em que nos foi dado viver não é só nosso. Já cá estava e vai ficar depois de nós.

Meia dúzia de iluminados governam milhões de pessoas ora democraticamente, ora em forma de ditadura. Anda meio mundo a lutar contra outro meio mundo. Qual é a justificação para em democracia se prenderem ministros democraticamente eleitos? Qual é a justificação para o presidente do governo democraticamente eleito fugir deixando os seus seguidores na cadeia como presos políticos?

Quem são os democratas? Basta ser apenas democrata?

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