1º Ciclo Hot Clube de Portugal de PIANO SOLO.
A ideia tem algum tempo, mas por esta ou por aquela razão, demorou a concretizar-se. Finalmente vai acontecer a 1º série de concertos a Solo. Começamos pelo piano que terá mais edições, confrontando desta forma um maior número de pianistas “jazz” com este desafio que é a abordagem muito pessoal ao instrumento. Este ciclo decorrerá em duas semanas consecutivas com 3 concertos semanais entre Terça e Quinta-feira. Seis noites de Piano Solo onde se perspectivam excelentes concertos com abordagens diversificadas do instrumento.
A não perder ! Contamos convosco !
Esta noite o Ciclo de Piano Solo recebe Óscar Marcelino da Graça. Concerto a partir das 22h30 com duas partes e duração aproximada de 40 minutos cada (2ª parte às 23h30). 7,5€ para não sócios, entrada gratuita para sócios.
Óscar Marcelino da Graça, nasceu em Aveiro em 1980 e começou a estudar música aos seis anos. É licenciado em composição pela Escola Superior de Música de Lisboa (2002) e concluiu o curso complementar de piano no Conservatório de Música de Aveiro de Calouste Gulbenkian (1998). Frequentou a Escola de Jazz do Porto, o Hot Clube de Portugal e a Berklee College of Music. É actualmente professor na Escola Superior de Música de Lisboa, na Universidade de Évora e na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. Integra inúmeras formações como, Nuno Costa Quinteto, Saga Cega, Last Minute Experience, NOA, Joana Machado, Orquestra de Jazz do HCP, SPILL, … e é mentor de projectos como o seu próprio Trio, Liftoff, Erro de Sintaxe e um projecto filmes-concerto. Como sideman colabora com André Fernandes, Nelson Cascais, João Firmino, Afonso Pais, Paula Oliveira, Mariana Norton, Sara Serpa, Sofia Ribeiro, David Binney, José Pedro Coelho, João Guimarães, Ohad Talmor, Gonçalo Prazeres, Paulo Gaspar, Bernardo Moreira, Dan Weiss, João Lencastre, Reunion Big Band, …
Dias 2 e 3 de Março
Lokomotiv
Mário Delgado – guitarra; Carlos Barretto – contrabaixo; José Salgueiro – bateria
O trio Lokomotiv apresenta o cd “Gnosis”. Concerto a partir das 22h30 (2º set às 00h). 10€ para não sócios, entrada gratuita para sócios.
“Os Lokomotiv têm-se destacado pela sua enorme flexibilidade estética, interessados apenas em praticar um jazz que tenha tudo a ver com o nosso tempo. Barretto, Delgado e Salgueiro há muito que vêm revelando um grande leque de interesses musicais que cobrem tendências como o rock, o jazz, as músicas do mundo e a clássica, situando-se entre os expoentes portugueses de um ecletismo que é bem a marca deste início de século.”
Trio firmado desde 1997 na vanguarda do Jazz português, surge com o primeiro disco em 1998 “Suite da Terra” (BAB/Dargil), apostado em explorar a fusão entre melodias e ritmos de raiz tradicional portuguesa e a música improvisada, assim como elementos do “rock” e sabores africanos ou orientais. Confirmada a “portugalidade” que o colocou no primeiro plano do Jazz nacional, o seu trabalho evoluiria para uma linguagem mais universal e próxima das novas correntes europeias da música improvisada, registo que marca o segundo título discográfico – “Silêncios” (Foco Musical) – considerado pela crítica como um dos melhores discos de Jazz de 2000. A crescente actividade do trio levaria a música de Carlos Barretto aos auditórios e Festivais de Jazz de todo o país e a muitos outros destinos, com presenças assinaladas em Espanha, Andorra, França, Alemanha, Suíça, Holanda, Argentina, Angola e Cabo Verde. O ano de 2001 marca o relançamento do grupo no plano internacional, com actuações na Grécia, Reino Unido, China, Bélgica, Itália e Finlândia. Em 2002, o ininterrupto trabalho do Trio dá origem a um novo trabalho editado- “Radio Song” – para editora portuguesa de destaque internacional – Clean Feed Records – e também “LOKOMOTIV” em 2003.
Após sete anos de estrada pelo mundo fora é então gravado o último disco do trio, “Labirintos”, resultado do cruzamento intelectual e criativo destes artistas. Carlos Barretto voltou a assinar composições e a direcção musical de um trabalho, que tem merecido elogios da crítica especializada nacional e internacional.
E assim chega à actualidade um dos mais antigos e prolíficos trios de jazz português.
Carlos Barretto
Nasceu a 18 de Julho de 1957. Com seis anos aprendeu a tocar guitarra, aos dez passou pelo piano, no Conservatório Nacional, e mais tarde optou pelo contrabaixo. Depois de concluir o curso do Conservatório, foi aperfeiçoar a técnica instrumental na Academia Superior de Música de Viena de Áustria, estudando com o mestre Ludwig Streischer. De regresso a Lisboa ingressou na Orquestra Sinfónica da RDP e participou em concertos de Jazz com vários artistas.
Em 1984, mudou-se para Paris, para se dedicar inteiramente à música improvisada, onde teve ocasião de se apresentar em concertos, festivais, clubes de Jazz, emissões de rádio e televisão, com diversos artistas internacionais.
Em 1993 regressou, novamente a Lisboa e formou os seus vários grupos, para os quais compõe, gravando vários discos em seu nome.
Horace Parlan, George Cables, Kirk Lightsey, Alain Jean Marie, Mal Waldron, Brad Mehldau, Lee Konitz, Barry Altschul, George Brown, Cindy Blackman, Joe Chambers, Jordy Rossy, Aldo Romano, Don Moye, Richard Galliano, Tony Scott, Glenn Ferris,Steve Grossman, Karl Berger, John Stubblefield, Steve Potts, Steve Lacy, Gary Bartz, Art Farmer, Jack Walrath, Marlon Jordan, John Betsch, Gerard Presencer, são alguns dos músicos com quem Carlos Barretto trabalhou.
Carlos Barretto conta, entre os espectáculos e trabalhos discográficos dos grupos que lidera, com vários CD’s premiados, entre eles «Going Up» (Challenge/Dargil), melhor CD do ano e Prémio Luís Villas-Boas da Câmara Municipal de Cascais, em 1996; e «Olhar» (Up Beat), Melhor Disco de Jazz do Ano, em 1999, pela JazzPortugal.net e Prémio Luís Villas Boas.
Mário Delgado
Nasceu em 1962. Iniciou os seus estudos musicais na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. Mais tarde, dedicou-se ao estudo da guitarra clássica, estudando com José Peixoto e Piñero Nagy na Academia de Amadores de Música de Lisboa. Paralelamente integrou vários projectos e grupos com Carlos Martins, Maria João, Naná Sousa Dias, e foi convidado regularmente para tocar com músicos estrangeiros que se deslocavam ao nosso país.
Participou em vários seminários e workshops nomeadamente com: Atila Zoller, Bill Frisel, John Abercrombie, Barney Kessel, Kenny Burrel, Gary Burton, David Liebman, Jimmy Giuffre, Steve Lacy, Hans Benink, Derek Bailey, José Eduardo, Paul Motian, Red Mitchel, Joe Lovano e Hal Galper.
Em 1992 forma um Trio de música instrumental com o guitarrista José Peixoto e o percussionista José Salgueiro. Com este grupo gravou o disco “Taifa”, em Março de 1993.
Em 1996 gravou o Cd “Ad Lib(itum)” da Orquestra Som do Mundo de Laurent Filipe. Ainda em Setembro e Outubro de 1996 participou na digressão do quarteto Danças de Maria João e Mário Laginha, pela Suiça, Áustria e Alemanha, onde actuou em Festivais de Jazz como Willisau, Leverkusener e Viersen. Em 1997 inicia a sua participação no Trio de Carlos Barretto e José Salgueiro que dará à luz o trio Suite da Terra. Grava o Cd “Suite da Terra” com o Trio de Carlos Barretto (LOKOMOTIV).
José Salgueiro
Estudou na Academia dos Amadores de Música, Conservatório Nacional, Hot Clube de Portugal e no Taller de Musics, em Barcelona. Participou em workshops sobre improvisação, bateria e trompete, em Barcelona, com Max Roach, Billy Hart, Ron McLoure, David Liebman, Richard Beirack, Paul Motion e John Tchichai. A sua actividade musical passou por concertos, gravações de discos e espectáculos de televisão com Sérgio Godinho, Zeca Afonso, Janita Salomé, Camané, Vitorino, José Mário Branco, Rui Veloso, Filipa Pais e Pedro Jóia.
No campo do jazz, participou em projectos de António Pinho Vargas, Bernardo Sassetti, Perico Sambeat, Carlos Martins, Carlos Bica, Pedro Burmester, João Paulo Esteves da Silva, José Peixoto, Carlos Zíngaro e da dupla Maria João e Mário Laginha. Em Março de 2001, fez parte do Quinteto de Wayne Shorter, num espectáculo integrado na programação de Jazz do “Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura”.
De 1983 a 1991 foi baterista dos Trovante. Integrou igualmente grupos como Resistência e Cal Viva. Em 2003, foi desafiado pela “Coimbra Capital Nacional da Cultura” a criar o projecto Mátria. Até 2007, fez parte dos Gaiteiros de Lisboa. É mentor e produtor dos Tim Tim por Tim Tum(diálogos de baterias). Actualmente, toca com Lokomotiv de Carlos Barretto e El Fad de José Peixoto. Em 1998 concebeu, por encomenda da Expo’98, ADUF, um espectáculo sobre instrumentos tradicionais portugueses. Em 2008, retoma o projecto ADUF, em parceria com José Peixoto e Maria Berasarte, com um CD e DVD editado em 2010 pela editora Adufmúsica, da qual é fundador.