O PODER MÁGICO DA IMAGEM E DO SOM por Luísa Lobão Moniz

A menina a correr nua numa estrada depois da bomba atómica, é uma vítima sem nome, mas com sofrimento físico e emocional que não deixa as nossas mentes em paz…

Aleppo, imagem da criança retirada dos escombros de sua casa que tinha sido bombardeada.

O menino morto na areia da praia.

A menina pequenina, em pé, olhando para a cara dos adultos, a chorar e a chamar papá.

Este papá fica a soar no ar, fica gravado nas nossas mentes.

Enquanto vivíamos nesta terra de “brandos costumes” milhares de crianças, milhões foram mortas, torturadas, abusadas (até por aqueles que estariam ao pé delas, supostamente, para as proteger).

Estes dias fomos confrontados com a separação de 2000 crianças, à força, dos braços dos seus pais… os pais foram, em grupo, para campos de refugiados e os filhos foram “enjaulados”, em recintos feitos com paredes de rede, sem perceberem o que se estava a passar. Porquê?

As crianças choram e chamam pelos pais. Estão com medo, estão sozinhos, não conhecem ninguém, têm fome, têm frio…

Menino de três anos protege irmã de um ano durante um bombardeamento.

Meninos, vítimas de guerra estão “perdidos” no seu próprio mundo.

Meninos e meninas são vítimas nas aldeias, nas vilas, nas cidades de adultos que os encerram em barracas sem verem a luz do dia, são vendidos como escravos, são maltratados e negligenciados, são mortos, até pelas mães… em países onde não guerra.

Quem é o nosso  inimigo público número 1 ?

Quem havia de ser, o inocente e mais fragilizado ser humano, a criança.

Nós, adultos, tivemos a sorte de não sermos vítimas de guerra na nossa terra. Mas as crianças não nascem  para terem sorte ou azar, mas para serem crianças com os olhinhos sempre sorridentes para aprenderem a ser felizes e fazer os outros felizes.

Dói parar para pensar, dói estar sentado num sofá e ver o sofrimento sem nome de tantas crianças.

Revolta ver os senhores Trumps fazerem o que querem com as vidas das outras pessoas, dos outros povos!

De que estamos à espera? A luta ainda não parou, há que criar “batalhões” de pessoas para fazerem mudar o rumo à barbárie!

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