Seleção e tradução de Francisco Tavares
16 m de leitura
Ex-embaixador dos EUA na URSS: a crise ucraniana decorre diretamente do impulso pós guerra fria para expandir a NATO
Por Jack F. Matlock Jr., último embaixador dos EUA na URSS
Entrevista realizada por Amy Goodman e Nermeen Shaik, publicada por em 17 de Fevereiro de 2022 (original aqui)
Os responsáveis norte-americanos acusam a Rússia de enviar mais forças para a fronteira ucraniana poucos dias depois de Moscovo ter anunciado que estava a retirar algumas tropas. Isto acontece porque tanto as autoridades ucranianas como os separatistas apoiados pela Rússia acusam o outro lado de violar um cessar-fogo na região oriental de Donbas, na Ucrânia. Para mais informações sobre a história por detrás da actual crise na Ucrânia, falamos com um dos últimos embaixadores dos EUA na União Soviética antes do colapso da URSS, o Embaixador Jack Matlock, que diz que a expansão da NATO liderada pelos EUA após o fim da Guerra Fria ajudou a lançar as bases para o actual impasse sobre a Ucrânia. Ele argumenta que a continuação da escalada poderia alimentar outra corrida às armas nucleares, e apresenta alguns dos paralelos com a Crise dos Mísseis Cubanos de 1962.
AMY GOODMAN: A tensão sobre a Ucrânia continua elevada entre a Rússia, os EUA e a NATO. Oficiais norte-americanos acusam a Rússia de enviar mais tropas para a fronteira ucraniana, poucos dias depois de Moscovo ter afirmado que está a puxar algumas tropas de volta. Entretanto, tanto as autoridades ucranianas como os separatistas apoiados pela Rússia estão a acusar o outro lado de violar um cessar-fogo na região oriental de Donbas na Ucrânia.
Começamos o programa de hoje analisando as raízes da crise com um antigo diplomata americano que serviu como último [sic] embaixador dos EUA na União Soviética antes do colapso da URSS. O embaixador Jack Matlock ocupou o cargo de 1987 a 1991. Foi colocado pela primeira vez em Moscovo no início da década de 1960 e esteve lá durante a Crise dos Mísseis Cubanos, em 1962. Matlock escreveu extensivamente sobre as relações entre os EUA e a Rússia. Os seus livros incluem Reagan e Gorbachev: How the Cold War Ended and Superpower Illusions: How Myths and False Ideologies Led America Astray (Como os Mitos e as Ideologias Falsas Levaram a América a ir por mau caminho). O seu último artigo é intitulado “Eu estava lá”: NATO e as origens da crise na Ucrânia”.
No artigo, o Embaixador Matlock escreve sobre o seu testemunho perante a Comissão de Relações Externas do Senado há um quarto de século e sobre a possível expansão da NATO. Ele disse ao Senado, citando: “Considero errada a recomendação da administração de levar novos membros para a NATO neste momento. Se for aprovada pelo Senado dos Estados Unidos, poderá ficar na história como o mais profundo erro estratégico cometido desde o fim da Guerra Fria. Longe de melhorar a segurança dos Estados Unidos, dos seus Aliados, e das nações que desejam entrar na Aliança, poderia muito bem encorajar uma cadeia de acontecimentos que poderia produzir a mais grave ameaça à segurança desta nação desde o colapso da União Soviética“. Palavras do Embaixador Matlock. E o embaixador Jack Matlock junta-se a nós agora.
Embaixador, era o senhor que falava há um quarto de século. Porque é que isto é tão importante e relevante hoje em dia?
JACK MATLOCK: Bem, obrigado pela pergunta. E antes de mais, devo fazer uma correcção: Eu não fui o último embaixador na União Soviética; foi Robert Strauss. Agora, ele esteve apenas os três últimos meses da União Soviética, e algumas pessoas esqueceram-se disso, mas eu deveria corrigir isso, para começar.
Mas a razão pela qual eu testemunhei, juntamente com várias outras pessoas – muitas delas tinham sido influentes para pôr fim à Guerra Fria. A razão pela qual testemunhei contra a expansão da NATO – contra a expansão da NATO, no início, no final dos anos 90, foi porque tínhamos – no final da Guerra Fria, tínhamos removido a Cortina de Ferro. Tínhamos criado aquilo a que tínhamos aspirado: uma Europa inteira e livre. E era óbvio, se se começava a expandir a NATO de forma fragmentada, ia-se – sem incluir a Rússia – precipitar uma vez mais uma acumulação de armas e uma corrida, uma corrida às armas, então. Mas não havia razão para fazer isso nessa altura. A Rússia não estava a ameaçar nenhum país da Europa de Leste. Na verdade, a União Soviética nos seus últimos anos não estava, porque Gorbachev tinha aceite a democratização dos países da Europa de Leste. E na verdade, um dos últimos actos do parlamento soviético foi reconhecer a liberdade e independência dos três países bálticos, para que tivéssemos uma Europa inteira e livre. A tarefa era a de construir uma arquitectura de segurança que incluísse todos eles. E a razão pela qual testemunhei contra foi porque vi que um processo que então iniciámos, se continuasse, e se continuasse até às fronteiras da União Soviética – quer dizer, até às fronteiras da Rússia e incluisse antigas partes da União Soviética que eram reconhecidas como parte da União Soviética na altura, tais como, sobretudo, a Ucrânia e a Geórgia, que isso iria provocar um confronto.
E eu diria que a minha experiência e a experiência de outros durante a Crise dos Mísseis Cubanos nos trouxe para casa os perigos de um confronto militar entre países que possuem armas nucleares. Na altura, aqueles de nós envolvidos – eu estava em Moscovo na Embaixada Americana – que estiveram envolvidos na Crise dos Mísseis Cubanos em 1962, não compreenderam quão perto chegámos de um confronto nuclear. Só soubemos disso mais tarde. Mas teria sido um desastre para ambos os lados. E assim, eu tinha esperança, e aconselhei, que não começássemos este processo de expansão da NATO por essa razão.
NERMEEN SHAIKH: Embaixador Matlock, poderia explicar o que, na altura, após o fim da Guerra Fria e a dissolução da União Soviética – qual foi a justificação para a continuação da NATO, especialmente após o fim do Pacto de Varsóvia, a dissolução desse acordo de defesa?
JACK MATLOCK: Bem, para ser franco, havia três objectivos da NATO, para começar. Como afirmou o primeiro secretário-geral, o britânico Lord Ismay, a NATO era para impedir os russos de entrarem, os alemães de saírem, e manter os americanos dentro. Assim, quando já não era necessário manter os russos fora, muitos de nós pensávamos que era importante manter os militares alemães integrados, e para que no futuro não nos arriscássemos a uma eventual ruptura, como tinha acontecido anteriormente. E achámos importante manter os Estados Unidos como parte da segurança europeia para garantir a estabilidade. Por isso, aprovei certamente na altura a continuação da NATO que existia no final da Guerra Fria; contudo, pensava que deveria ser integrada numa organização de segurança europeia global que incluísse a Rússia, os europeus de leste e os outros Estados que tinham estado na União Soviética. E tínhamos na altura planos para isso através de uma proposta chamada Parceria para a Paz, que poderia incluir todos eles. E tínhamos também uma organização, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, que incluía todos os países europeus, e que poderia ter sido reforçada em muitos aspectos. E, nesse caso, poderíamos ter mantido a antiga NATO, mas construindo outros dispositivos de segurança.
Sabe, pensei que quando terminámos a Guerra Fria, um dos princípios mais profundos, diria eu, foi um dos que o Presidente Gorbachev, então presidente da União Soviética, expôs. Ele disse, sabe, a segurança deve ser segurança para todos. E foi precisamente assim que ele justificou a redução das forças armadas soviéticas. E mesmo antes do desmembramento da União Soviética, estávamos a viver em paz, e tínhamos uma Europa unida. Muitas pessoas parecem pensar que a desagregação da União Soviética foi o fim da Guerra Fria. Isso é errado. Tinha acabado dois anos antes disso. E a desagregação da União Soviética não ocorreu devido a pressões ocidentais; ocorreu devido a pressões internas no seio da União Soviética. E foi algo que o Presidente Bush não desejou. De facto, um dos seus últimos discursos, quando havia uma União Soviética, foi em Kiev, quando aconselhou os ucranianos a juntarem-se à federação voluntária de Gorbachev, que ele estava a propor, e na realidade advertiu contra o nacionalismo suicida. Essas palavras, sabem, não são agora muito lembradas. As pessoas parecem pensar que a Ucrânia é livre devido ao fim da Guerra Fria e à pressão do Ocidente como um dos frutos da vitória na Guerra Fria. Isto é simplesmente incorrecto. Vira a história de pernas para o ar.
NERMEEN SHAIKH: Embaixador Matlock, poderia desenvolver alguns dos acordos iniciais que foram alcançados entre a NATO e a Rússia? No mesmo ano em que testemunhou contra a expansão da NATO no Comité de Relações Externas do Senado, em 1997, foi assinado o Acto Fundador NATO-Rússia, que dizia explicitamente que a NATO e a Rússia não se consideram adversárias uma da outra. Esse acordo foi significativo? E pode explicar por que razão tantos Estados da Europa de Leste, incluindo as antigas repúblicas soviéticas, quiseram ao longo das décadas aderir à NATO.
JACK MATLOCK: Penso que, é verdade que aqueles países, começando pela Polónia, Checoslováquia, Hungria, queriam aderir à NATO porque temiam que houvesse outra tentativa de – poder-se-ia dizer, de exercer pressão sobre eles ou de os ocupar. Não há dúvida de que alguns deles queriam isso, mas o que me parece importante é que deveríamos ter tentado convencê-los de que isso não era provável e que, se houvesse de novo uma divisão da Europa, armar parte dela traria um rearmamento da outra. Isto é apenas, penso eu, quase senso comum. Mas, contudo, o – sim, o incentivo veio de lá, e, devo dizer, internamente, a pressão veio domesticamente, porque havia muitos eleitores em estados-chave, muitas vezes, sabe, filhos de imigrantes da Europa de Leste, que pressionavam por isso. Mas, na altura, pensámos que isso era desnecessário.
Gostaria de acrescentar, no entanto, que os problemas com a Rússia não são apenas a expansão da NATO. Houve também um processo que começou com a segunda administração Bush de se retirar de todo o controlo de armamento – quase todos os acordos de controlo de armamento que tínhamos concluído com a União Soviética, os próprios acordos que tinham posto fim à primeira Guerra Fria. Houve uma retirada passo a passo desses acordos. E houve uma intrusão directa decidida na política interna destes países recentemente independentes, tentativas de – directamente mudar o governo. Isto torna-se, diria eu, muito complicado de certa forma, para quem não tem sido capaz de o seguir passo a passo. Mas, com efeito, o que os Estados Unidos fizeram após o fim da Guerra Fria foi inverter a diplomacia que tínhamos usado para acabar com a Guerra Fria, e começar a fazer qualquer coisa, tudo da maneira oposta. Começámos, com efeito, a tentar controlar outros países, para os trazer para aquilo a que chamávamos a “nova ordem mundial”, mas não foi muito ordenado. E também reivindicámos o direito de usar forças militares sempre que quiséssemos. Bombardeámos a Sérvia nos anos 90 sem a aprovação da ONU. Mais tarde, invadimos o Iraque, citando provas falsas e sem qualquer aprovação da ONU e contra os conselhos não só da Rússia mas também da Alemanha e da França, nossos aliados. Assim, os Estados Unidos – poderia citar alguns outros – não tiveram o cuidado de respeitar as leis internacionais que tínhamos apoiado. Por isso –
AMY GOODMAN: Embaixador Matlock, eu queria voltar atrás no tempo. É muito interessante, já que o senhor nos leva a avançar. Mas 30 anos antes de testemunhar, escreve no seu recente artigo sobre como, cito, “na minha vida, tivemos a Crise dos Mísseis Cubanos – algo de que me lembro vividamente desde que estive na Embaixada americana em Moscovo e traduzi algumas das mensagens de Khrushchev para Kennedy”. E continua, cito, “No final da semana de mensagens em ambos os sentidos – traduzi as mais longas de Khrushchev – foi acordado que Khrushchev iria remover os mísseis nucleares de Cuba. O que não foi anunciado foi que Kennedy também concordou que removeria os mísseis americanos da Turquia, mas que este compromisso não deve ser tornado público”, sem citação. Este é o discurso do Presidente Kennedy, a 2 de Novembro de 1962, anunciando o desmantelamento das bases de mísseis soviéticos em Cuba.
PRESIDENTE JOHN F. KENNEDY: Meus concidadãos, quero aproveitar esta oportunidade para informar sobre as conclusões a que este governo chegou com base nas fotografias aéreas de ontem, que serão disponibilizadas amanhã, bem como outras indicações, nomeadamente que as bases de mísseis soviéticos em Cuba estão a ser desmanteladas. Os seus mísseis e equipamento conexo estão a ser armazenados, e as instalações fixas nestes locais estão a ser destruídas.
AMY GOODMAN: Assim, é o Presidente John F. Kennedy em 1962. Quão relevante isso é hoje em dia. Estou a olhar para a primeira página do The New York Times, e uma das manchetes é “Ucrânia? Putin’s Bigger Fear May Lie in Poland”, com um subtítulo, “New U.S. Military Base Is a Mere 100 Miles From Russia”. Trata-se da distância a que Cuba está da costa da Florida, certo? Cerca de 90 milhas. Se pudesse abordar esta questão? E também quero apenas comentar. Quer dizer, o senhor tem 93 …. 92 anos. A sua experiência da Crise dos Mísseis Cubanos, sendo o embaixador na União Soviética sob Reagan e George H.W. Bush, pensaríamos que estaria em todas as ondas de comunicação social, e todos o convidariam a entrar. Mas atrevo-me a dizer, pergunto-me se é o seu ponto de vista anti-guerra, mesmo com esta riqueza de experiência, [a razão porque eles] simplesmente não o estão a convidar. Mas quero fazer esta pergunta sobre a comparação das armas que estão a ser despejadas neste momento, circundando a Rússia, e este ponto sobre a Polónia, com o que aconteceu com Cuba e porque é que os EUA sentiram que era crítico que aqueles mísseis da Rússia fossem removidos, apesar de Cuba ser uma nação independente, e pudesse fazer o que quisesse.
JACK MATLOCK: Bem, obviamente, vimos isso como uma ameaça, a de colocar as armas nucleares perto dos Estados Unidos. Na altura, não admitimos publicamente que tínhamos colocado armas nucleares que pudessem chegar à União Soviética. E essa é uma das razões pelas quais Kennedy manteve em segredo que tinha concordado em retirar as armas na Turquia. Sim, e na altura, a maioria de nós, que estávamos envolvidos, não estávamos apenas satisfeitos com o resultado; nós americanos sentimos que, bem, não fazia realmente qualquer diferença como as retirávamos, era necessário retirá-las.
Mas soubemos mais tarde, com conferências que tivemos com pessoas envolvidas do outro lado, que, na verdade, se tivéssemos bombardeado as instalações de mísseis em Cuba, como os chefes de estado-maior tinham aconselhado Kennedy, mas que ele recusou, os oficiais responsáveis poderiam ter lançado os mísseis se estivessem sob ataque. Assim, poderíamos ter perdido Miami e talvez outras cidades logo no início. E se isso tivesse acontecido, como reagiriam os Estados Unidos? Como poderíamos fazer politicamente qualquer coisa, excepto atacar a União Soviética de alguma forma? E quando esse tipo de coisas começasse, não havia nenhuma forma teórica – fizemos uma série de jogos de guerra – de se ter a certeza de que este processo iria parar. Agora, aprendemos também mais tarde que quando um contratorpedeiro dos EUA mantinha um submarino, um submarino soviético, submerso, que o comandante do submarino ordenou, a dada altura, um ataque ao contratorpedeiro com um torpedo nuclear. Ele foi anulado por um oficial superior. Estivemos muito perto, embora não o soubéssemos na altura, de um confronto nuclear durante a Crise dos Mísseis Cubanos.
Essa é uma das razões agora – agora não estou a dizer que temos uma situação precisamente comparável. Mudar a 82ª Aerotransportada para a Polónia não é como mudar armas nucleares. Penso que é totalmente desnecessário, e não sei como vamos utilizá-las. Mas aquilo a que os russos se opuseram foi à implantação de sítios de mísseis antibalísticos. E dizem que – na Europa Oriental, dizem que, embora se trate de mísseis antibalísticos, os mesmos locais podem ser utilizados na realidade para mísseis nucleares de curto e médio alcance, apenas por uma alteração do software. Agora, mais uma vez, não sou tecnicamente competente, mas penso que há aqui uma questão que nos recusámos a abordar, e que é, obviamente, desde que saímos do Tratado ABM e de uma série de outros tratados de controlo de armas que tinham trazido o fim da Guerra Fria, penso que é talvez compreensível que os russos tenham receios aqui. Acrescentaria também que não é apenas uma questão de um lado ou do outro poder lançar subitamente um ataque nuclear. Não vejo isso a acontecer. Mas a questão é que, como nos explicou a Crise dos Mísseis Cubanos, os acidentes podem acontecer quando nos colocamos nesta posição. E quando eles acontecem, como se evita que a situação se agrave?
Uma segunda questão é que talvez a maior ameaça que as armas nucleares possuem actualmente é que, embora possa ser irracional para qualquer governo utilizá-las de facto porque pode provocar um efeito suicida, se chegarem às mãos de terroristas, de actores não-estatais, podem ser utilizadas talvez com impunidade. E no final da Guerra Fria, tínhamos acordos de cooperação com os russos para ter em segurança as suas armas nucleares, naquilo a que chamamos Nunn – Sam Nunn e outros senadores patrocinaram isto. Agora todos esses acordos romperam-se.
E o que me preocupa é que pode haver o surgimento de outra corrida às armas nucleares, porque se o governo russo, se o Presidente Putin sente que está a ser pressionado e a sua segurança está a ser ameaçada – com ou sem razão, porque são as percepções que contam – então o que é que o impede, uma vez que saímos da maioria dos outros acordos, de colocar, digamos, mísseis de médio alcance em Kaliningrado ou de os trazer para perto da fronteira? Então o que é que vamos fazer? Assim, entrarmos noutra louca corrida às armas, quando temos tantos outros problemas comuns com os quais precisamos de lidar, penso eu, é extraordinariamente insensato.
AMY GOODMAN: Jack Matlock, queremos agradecer-lhe muito por estar connosco, serviu como embaixador dos EUA na União Soviética de 1987 a 1991 sob a direcção de Reagan e George H.W. Bush. A sua última peça, a que faremos uma ligação, “Eu estava lá: a NATO e as origens da crise na Ucrânia”. Os seus livros incluem Reagan e Gorbachev: How the Cold War Ended and Superpower Illusions: How Myths and False Ideologies Led America Astray (Como Mitos e Ideologias Falsas Levaram a América a ir por mau caminho).
_____________
Jack F. Matlock Jr. [1929-] é um diplomata de carreira reformado que serviu como Embaixador dos EUA na União Soviética de 1987 a 1991. Antes disso, foi Director Sénior para os Assuntos Europeus e Soviéticos do pessoal do Conselho de Segurança Nacional do Presidente Reagan e foi Embaixador dos EUA na Checoslováquia de 1981-1983. Foi Professor Kennan no Institute for Advanced Study e escreveu numerosos artigos e três livros sobre as negociações que puseram fim à Guerra Fria, a desintegração da União Soviética, e a política externa dos EUA após o fim da Guerra Fria.
As entrevistadoras:
Amy Goodman é locutora, jornalista, colunista e escritora progressista estado-unidense. É a apresentadora do Democracy Now!, um programa noticioso global transmitido diariamente na rádio, televisão e Internet. A sua carreira jornalística de investigação inclui a cobertura do movimento de independência de Timor Leste, da ocupação de Marrocos do Sahara Ocidental, e do papel da Chevron Corporation na Nigéria. É licenciada em Antropologia pela Faculdade de Radcliffe da Universidade de Harvard.
Nermeen Shaikh é uma produtora de notícias e co-apresentadora semanal em Democracy Now! em Nova Iorque. Trabalhou na investigação e em organizações não governamentais antes de se juntar ao Democracy Now! Tem um mestrado em filosofia pela Universidade de Cambridge e é autora de The Present as History: Perspectivas Críticas sobre o Poder Global (Columbia University Press).