CONTRA O VENENO DO RESSENTIMENTO, ALIANÇAS POR UM MUNDO MAIS JUSTO, por DIOGO MARTINS

 

Antes de se dizerem banalidades como “quem paga esta crise é a classe média”, que têm o fim pouco disfarçado de querer virar remediados contra pobres, dever-se-ia pensar que é nas camadas de rendimento mais baixo que os alimentos, um dos motores da inflação, têm maior proporção. Sabemos que também é nas camadas mais pobres que o desemprego incidirá de forma desproporcional, quando o choque recessivo que se prevê, resultado da subida das taxas de juro decidida pelo BCE, atingir a economia.

Questão mais interessante é saber “quem não paga esta crise?”. Esta crise não pagam os oligopolistas da energia e do retalho, que até lucram excepcionalmente com ela. Nem os rentistas do imobiliário, a quem o governo praticamente salvaguardou o rendimento real.

Se também pagassem esta crise, os pobres e os remediados teriam de sofrer menos. É essa a aliança social que vale a pena e é emancipatório. A aliança dos de baixo (quer mais abaixo ou mais ao meio) pelo aumento do salário e pelo controlo do lucro extraordinário e das rendas.

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