HONRA A PEDRO MANUEL AGOSTINHO DA SILVA (1937-2022) por Clara Castilho

O antropólogo Pedro Manuel Agostinho da Silva,  filho primogénito de Agostinho da Silva, nascido em Lisboa, em 1937, faleceu no passado dia 9, na Bahia.

Graduado em história pela Universidade Federal Fluminense (1962) e mestre em antropologia pela Universidade de Brasília (1964, sob orientação do conceituado antropólogo Eduardo Galvão), Pedro Agostinho começou a lecionar na UFBA em 1971, aposentando-se em 2007, após exercer diversos cargos e funções na FFCH, Ceao, Centro de Estudos Baianos, Museu de Arqueologia e Etnologia, entre outros.

Foi também membro da diretoria da Associação Brasileira de Antropologia (1984-86).

Notabilizou-se, contudo, por fundar e dirigir o Programa de Pesquisas sobre Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro (Pineb, radicado no Departamento de Antropologia e Etnologia e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia / FFCH), atualmente coordenado pela professora emérita Maria Rosário de Carvalho, sua orientanda.

Ao liderar, em 1971, uma notável expedição de estudantes de ciências sociais da UFBA a Barra Velha, no sul da Bahia, para realizar “o reconhecimento geral da aldeia (…) e o censo Pataxó”, Pedro Agostinho fundava todo um campo de pesquisas, responsável por iniciar a produção sistemática de conhecimento acadêmico relacionado às populações indígenas da Bahia, ao passo que engajado na atuação social e política em favor dessas comunidades – elevando, assim, a qualidade da antropologia praticada e ensinada na UFBA.

Edição especial do Boletim Informativo do Museu de Arqueologia e Etnologia, dedicada a Pedro Agostinho:

https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/18508/1/Ed4.Abr-Mai_Boletim_Informativo_MAE-UFBA.pdf

Ver, também, entrevista à RTP.

Entrevista a Pedro Agostinho da Silva

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