UMA CARTA DO PORTO – Por José Fernando Magalhães (576)

 

 

RAZÃO E EMOÇÃO ENTRE A VIDA E A MORTE

 

IMAGEM INTERNET

 

A vida e a morte são dois estados inerentes à nossa existência que me levam a refletir sobre o lugar que ocupamos no mundo e o valor que damos a cada momento que vivemos. Entre a vida e a morte, a razão e as emoções entrelaçam-se num jogo que nos permite compreender as nossas complexidades e as do mundo que nos rodeia. A emoção liga-nos com as nossas sensações e interações com o mundo, com as pessoas que amamos e com as experiências que nos fazem sentir vivos. A razão é responsável por processar essas experiências e leva-nos a procurar um qualquer sentido em tudo o que fazemos, a encontrar respostas para as perguntas que nos assombram, e a procurar soluções para os problemas que enfrentamos. Ao longo da história sempre houve debates sobre qual destes aspectos é mais importante para a nossa existência.

Precisamos da razão para tomarmos as decisões importantes que afetam a nossa vida e a das outras pessoas, para encontrarmos a justiça, a verdade e a liberdade, que são direitos fundamentais de todo o ser humano. Mas não podemos negar a importância das emoções, que nos permitem expressar os nossos sentimentos e nos levam a lugares que a razão não alcança. A razão e as emoções são duas facetas que nos permitem entender e lidar com a vida e com a morte. Cada uma tem um papel importante nesse processo, ajudam-nos a crescer, e juntas levam-nos a caminhos de reflexão, aceitação e compreensão do mundo que nos rodeia.

Quando nos deparamos com a morte, a razão pode ajudar a que aceitemos a perda, pode ajudar-nos a lidar com a dor e a encontrar um sentido para a vida. As emoções são igualmente importantes nesse processo, permitindo-nos expressar o amor que sentimos pelos que se foram e a manter vínculos com as suas memórias.

Nascemos sem trazer nada e morremos sem nada levar, e de permeio, entre a vida e a morte, brigamos por aquilo que não trouxemos apesar da certeza de que o não levaremos para lado algum.

Quando se trata da vida após a morte, a discussão entre a emoção e a razão é geralmente deixada de lado. Para muita gente é um assunto altamente emocional, levando a desacordos sobre o que acontece quando morrermos, e se existe, ou não, um lugar para onde vamos após a morte.

A vida como a conhecemos, passa num sopro. Não é mais que uma vela acesa que um dia se apaga. Tem um começo, e num instante, um fim.

Da parte que não conhecemos, vamos continuar da mesma forma, com uns a afirmar que sim, e outros com a certeza de que não.

Por todas as razões e mais algumas, viva mais, ame mais, perdoe, compreenda, e seja mais feliz, num mundo melhor, cheio de paz.

 

 

 

 

 

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