MPPM – VAMOS TODOS À AVENIDA NESTE DIA 25 DE ABRIL – APELO À PARTICIPAÇÃO

 

 

As conquistas alcançadas em 25 de Abril de 1974 não estão definitivamente asseguradas.

Crescem as vozes da intolerância, do racismo, da xenofobia.

Os apóstolos da guerra querem calar os apelos à paz, à cooperação, à solidariedade internacional.

As liberdades de expressão, de reunião e de manifestação estão a ser coarctadas um pouco por toda a Europa.

Ainda há um longo caminho a percorrer para uma sociedade mais justa, mais inclusiva, mais desenvolvida, mais sustentável.

É imperioso, neste 50º aniversário da Revolução dos Cravos, mostrar que «somos muitos, muitos mil para continuar Abril».

E afirmar, como nos alertou Nelson Mandela, que «a nossa liberdade é incompleta sem a liberdade dos Palestinos».

Por Portugal, pela Palestina, pela Paz, vamos estar na Avenida no dia 25 de Abril.

Junte-se ao MPPM nesta grande manifestação cívica.

Concentramo-nos a partir de 14.30 horas no Marquês de Pombal, junto ao Bankinter (esquina Duque de Loulé).

COMEMORAÇÕES POPULARES DO 50.º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL

APELO À PARTICIPAÇÃO

Há cinquenta anos chegava ao fim uma longa e dura caminhada em que os portugueses enfrentaram com luta e resistência tempos de barbárie, repressão, tortura, perseguições, deportações, dezenas de milhares de presos políticos, assassinatos de resistentes antifascistas, censura e guerra colonial que vitimaram milhares de jovens portugueses e dos povos irmãos africanos.

É com alegria e confiança no futuro que comemoramos os 50 anos da Revolução de Abril levada a cabo pelo Movimento das Forças Armadas, a que se seguiu um amplo levantamento popular.

A Revolução de Abril, respondendo aos mais profundos anseios do povo português por uma sociedade livre, justa, solidária e aberta ao relacionamento com todos os povos e países do mundo, abriu caminho à realização de profundas transformações e conquistas democráticas. O fim das prisões por motivos políticos, da polícia política e dos tribunais especiais, as liberdades de reunião e associação, de constituição de partidos políticos, eleições livres, direito de voto para todos, igualdade de direitos entre homens e mulheres, fim da censura, liberdade de expressão, instituição do poder local democrático, liberdade de associação sindical, direito à manifestação e à greve, criação do salário mínimo nacional, direito ao subsídio de desemprego, a férias pagas, aos subsídios de férias e de Natal, proibição do despedimento sem justa causa, direito à licença de maternidade, controlo de gestão das empresas pelas comissões de trabalhadores e participação das associações sindicais na elaboração da legislação do trabalho, criação do Serviço Nacional de Saúde, democratização do ensino, do desporto e da cultura, passaram a constituir direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa.

No caminho percorrido desde essa data maior da nossa história houve avanços e recuos. Há que continuar a trabalhar para avançar na concretização dos direitos garantidos pela Constituição da República Portuguesa e actuar perante as dificuldades por que tantas famílias hoje passam devido ao aumento do custo de vida. É preciso fazer melhor no combate às desigualdades e aumentar a proporção do rendimento nacional para os que têm cada vez menos. Continua a ser necessário ampliar a liberdade de decisão do país para ultrapassar os constrangimentos impostos a um desenvolvimento nacional sustentável e soberano.

Os ideais de Abril continuam bem vivos na maioria do povo português e das novas gerações que os abraçaram e por eles lutam. Firmar e dar sustentabilidade a Abril exige convergência na necessidade de:

•    garantir o direito a pensões, reformas e salários compatíveis com uma existência condigna e acabar com a precarização sistemática dos vínculos laborais;

•    garantir que o Estado seja instrumento de resposta aos interesses e necessidades do desenvolvimento económico e social do País e do povo e não de uma minoria;

•    defender as funções sociais do Estado e a prestação de serviços públicos, universais e de qualidade;

•    garantir o direito à habitação como direito humano;

•    defender e reforçar o Serviço Nacional de Saúde e a Escola Pública, dotando-os de organização, meios e infraestruturas de qualidade e valorizando os seus profissionais;

•    democratizar e investir na cultura e na defesa do nosso património, incentivar e assegurar o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural;

•    assegurar a não discriminação das pessoas com deficiência, garantindo-lhes o pleno direito à inclusão;

•    combater o estigma e a discriminação em função do sexo, género, etnia, orientação sexual;

•    defender os valores ambientais e uma sociedade solidária responsável por deixar um mundo melhor para as próximas gerações.

Neste tempo em que as guerras se multiplicam impõe-se defender intransigentemente o caminho da Paz, através da solução pacífica dos conflitos internacionais e da criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos e os Estados o direito à liberdade e auto¬determinação dos povos vítimas de opressão e colonização, onde não tenham lugar agressões armadas, afirmando o sentimento universalista do Povo Português de amizade com todos os povos do mundo e, em particular, com os povos de língua oficial portuguesa. A nossa inserção no espaço europeu convoca-nos ao fortalecimento da cooperação em prol da democracia, da paz, do progresso económico e da justiça.

Todas as forças democráticas estão convocadas para fazer avançar as liberdades e garantias, os direitos políticos, económicos, sociais e culturais, e os valores de Abril consagrados na Constituição da República Portuguesa, e para combater os fenómenos de cariz racista, xenófobo, antidemocrático e fascista que ameaçam as liberdades, a democracia, o pluralismo e a convivência pacífica, em Portugal e no mundo.

Façamos do desfile dos 50 anos de Abril uma manifestação inequívoca de reconhecimento à Revolução de Abril e de júbilo, Unidos a defender o presente e a projetar o futuro!

O Povo Unido Jamais será vencido!

50 anos depois, voltamos à rua para saudar Abril e gritar bem alto: Abril prevalecerá!

A todos quantos se revejam nos valores aqui constantes, apelamos que participem no Desfile Popular, às 15 horas do dia 25 de Abril de 2024, no Marquês de Pombal.

VIVA O 25 DE ABRIL!

 A Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril

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