por Rui Oliveira
Caro leitor : Como ontem prevíramos, obstáculos informáticos forçarão a que os próximos Pentacórdios sejam reduzidos a uma expressão mínima, tentando nós (para obviar a uma interrupção absoluta e cremos que indesejada) referir apenas os destaques diários mais relevantes.
Assim, na Terça-feira, 16 de Abril o São Luiz Teatro Municipal acolhe, às 21h na sua Sala Principal, a comemoração dos 10 anos da banda portuguesa Dead Combo, composta por Tó Trips guitarras e Pedro Gonçalves contrabaixo e guitarras e desde o início com influências musicais vindas do fado, do rock, de bandas sonoras dos westerns e ultimamente da América Latina e de África.
Esta é particularmente visível no seu derradeiro álbum “Lisboa Mulata” (2011).
O programa do São Luiz faz a seguinte sinopse : «Andavam há dez anos a deambular por Lisboa, procurando em vão o lugar de que lhes tinham falado. Dizia-se que era um lugar mágico onde fantasmas de outras épocas habitavam e se tornavam de novo reais quando esse lugar vibrava com gente. Constava que tinha o nome de um santo.
O velho que lhes contou a história disse-lhes também que existia uma orquestra que nunca ninguém tinha visto, actores cujas faces não se vislumbravam, bailarinos que dançavam como fantasmas. Cruzaram uma praça e entraram numa rua seguindo a lua cheia que se deixava ver entre as nuvens. Olharam e viram um lugar que condizia com a descrição do velho. “São Luíz Teatro Municipal” em grandes letras escrito por cima das grandes portas ferrugentas e cheias de teias de aranha.
Entraram. Nunca mais ninguém os viu. Consta que encontraram finalmente o tal lugar, do qual o velho lhes falou dez anos antes e juntaram-se aos outros fantasmas que ali habitavam».
Do seu último CD de 2011 “Lisboa Mulata” mostramos-lhe um excerto :
Também na Terça-feira, 16 de Abril se dá início no Auditório do Instituto Cervantes (Rua de Santa Marta, nº 43, r/c), às 18h30, a um Ciclo de Cinema de “Homenagem a Carlos Saura”, prolífico realizador espanhol (a sua filmografia inclui mais de trinta filmes) que abriu com o seu documentário “Cuenca” (1958), seguido por “Los Golfos” (1960) um caminho novo ao cinema do seu país numa via neo-realista já em curso em boa parte da Europa. Este ciclo abarca três décadas e inclui alguns filmes dedicados ao flamenco, género em que tem trabalhado intensamente, bem como sobre a música portuguesa e por excelência o Fado. Outros são dedicados à arte e a temas espanhóis que retratam tanto a história recente de seu país como a própria actualidade.
O primeiro filme projectado será “El amor brujo” (Espanha, 1986), a terceira parte da trilogia de Saura sobre o flamenco, após “Bodas de Sangre” e “Carmen”. Baseado na peça homónima do compositor Manuel de Falla e coreografada por Maria Pagès, a película tem como intérpretes principais Antonio Gades (Carmelo), Cristina Hoyos (Candela), Laura del Sol (Lucía) e Juan Antonio Jiménez (José).
Sinopse : Amor, dança e morte. Carmelo está apaixonado por Candela. O pai arranjou o seu casamento com José, segundo a lei cigana. José, que continua a estar com a sua amante Luzia mesmo depois de casado, morre apunhalado pouco tempo depois. Acusado do crime, Carmelo passa quatro anos na prisão. Ao regressar à sua terra, Carmelo vê aterrorizado como Candela dança todas as noites com o espírito de José, no sítio onde foi assassinado.
Como todos os excertos e trailer são de fraca qualidade, deixamos ao leitor a possibilidade (agradecendo ao YouTube) de visualizar aqui o filme integral :
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