COMPOSITORES FAMOSOS – Bruckner – por Luís Rocha

 

Joseph Anton Bruckner nasceu em Ansfelden na Áustria, a 4 de Setembro de 1824. A cidade é mais conhecida por ser o berço do compositor. Tem dois museus: O museu de Anton Bruckner e o museu de instrumentos musicais.

Com 7 anos já ajudava o pai no ensino musical dos meninos mais pequenos onde o pai era mestre-escola.

Dadas as aptidões musicais de Anton os pais decidiram mandá-lo para casa do seu primo Johann Batist Weiss em Horsching que foi o seu primeiro professor de música.

 

 

 Após a morte do pai (Bruckner tinha apenas 13 anos) a mãe levou-o à abadia de S. Floriano pedindo para o aceitarem como cantor no coro infantil do mosteiro. Aí esteve durante 3 anos, sendo um local que o marcou para sempre e onde, conforme seu desejo, foi sepultado na cripta da abadia, debaixo do órgão.

 

Mais tarde ingressou na Escola Normal de Linz, onde se familiarizou com a música religiosa da escola austríaca, em especial com as missas de Mozart e dos irmãos Haydn. Viveu nesta cidade de 1855 a 1868.

 

Em seguida iniciou uma série de concertos. Em 1869 foi convidado para ir a França inaugurar em Nancy o órgão Saint-Épvre, fabricado pelos construtores Merklin-Schutze. Dois anos mais tarde realizou uma série de concertos por ocasião da inauguração do novo órgão gigante do Royal Albert Hall, de Londres

 

 O êxito de Bruckner foi tardio e a sua consagração só chegou aos 61 anos. Só a partir de 1884 o público o reconheceu e a critica o considerou como um dos grandes compositores e os concertos preenchidos com obras suas em Haia, Dresden, Frankfurt, Nova Iorque, Munique, Viena, Leipzig e Karslruhe. Em 1886 estreou o seu Te Deum, com grande êxito. Segue pequeno excerto

 

Da sua vasta obra merecem destaque a Missa solemnis, o Requiem em ré menor, Magnificat, vários salmos a Marcha de Apolo e, principalmente, as suas 9 sinfonias. A 4ª sinfonia chamada “Romântica” foi terminada em Dezembro de 1974. Escrita na tonalidade de mi bemol maior, é uma obra luminosa. Ouça-se um excerto o primeiro movimento

 

A 7ª sinfonia em mi maior, é uma obra grandiosa e, juntamente com a 4ª a mais popular. O Adágio em dó sustenido menor é um andamento sublime, um dos melhores de toda a história da música. Morreu solteiro em 11 de Outubro de 1896 (com 72 anos). Durante a cerimónia litúrgica foi interpretada a música fúnebre do “adágio” da sua 7ª sinfonia.

 

 

A 9ª sinfonia em ré menor é uma obra inacabada, que possui uma insólita majestade. Dedicada ao “Bom Deus” é como que um canto à glória divina. O último andamento é um adágio cujo caracter angélico sugere um mundo espiritual e paradisíaco, como sugere o quadro “Anjos tocando” do pintor Giovani Battista Gaulli, que se encontra na Pinacoteca Vaticana.

Base da informação: colecção “Enciclopédia Salvat dos Grandes Compositores” – Montserrat Albert

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