POEMAS SOBRE O ALENTEJO
Ruy Belo
Breve sonata em sol (Menor, claro)
A solidão da árvore sozinha
no campo do verão alentejano
é só mais solitária do que a minha
e teima ali na terra todo o ano
quando nem chuva ou vento já lhe fazem companhia
e o calor é tão triste como o é somente a alegria
Eu passo e passo muito mais que o próprio dia
Desenho de Manuel Ribeiro de Pavia
Amanhã: Manuel Simões