Não vamos falar dos momentos difíceis que o mundo e o País atravessam – é o tema recorrente deste diário, mas hoje – como já temos feito noutras ocasiões – vamos falar de nós.
Após cerca de mês e meio de período experimental, começámos as nossas edições regulares em 1 de Setembro de 2011. Nestes meses de funcionamento, tivemos mais de 112 mil visitas que ultrapassaram as 220 mil leituras. Neste momento, a média de visitas ronda os 700/dia. Para o tipo de blogue que somos – avesso aos temas de maior sucesso – parecem-nos resultados interessantes. O que se nos afigura reduzido é o número de comentários – tendo publicado mais de 5 mil posts, os comentários andam á volta de 1200. Fazemos um apelo a colaboradores e a leitores para comentarem os posts. Criticando, se possível, ou seja, analisando o que dizemos, concordando, discordando…
Temo-nos abalançado a algumas iniciativas de alguma dimensão – o concurso de blogocontos e o debate sobre a Democracia, constituíram sucessos. O número de colaboradores, sempre crescente, é também animador e permite a publicação diária de numerosos posts. Sem vaidades que não fariam sentido, podemos afirmar que a qualidade do que publicamos é boa, quando não mesmo excelente.
No dia 25 vamos comemorar o nosso primeiro 25 de Abril – não numa perspectiva saudosista, mas encarando essa data de há 38 anos como uma ruptura histórica que baniu uma ditadura de quase meio século. Nesta altura, perdidos num labirinto sinistro – com uma guerra em três frentes, caos económico e um sistema repressivo que nos impedia de protestar, encontrámos em 25 de Abril de 1974 uma saída desse labirinto. Vamos recordar o 25 de Abril, mas numa perspectiva de luta. De novo submetidos a uma oligarquia, necessitamos de um novo movimento de libertação, de uma saída para a luz.
É ao serviço desse movimento que pomos o nosso blogue.
O Diário de Bordo de hoje expressa o que há vários dias anda na minha cabeça: este blogue parece uma mundo de sombras onde os textos – bons textos como aqui se diz – se vão sucedendo sem que raramente alguém se pronuncie sobre os temas publicados. E, quando alguém comenta, esse comentário não faz eco. Não há discussão, não há debate de ideias, motivo principal por que os blogs deveriam servir de alternativa aos meios de comunicação que veiculam apenas o que convém, e da maneira que convém ao poder.