Reacção às preocupações da Troika
Na sequência das declarações prestadas hoje por Miguel Franquilho em nome da Troika, em que se «manifesta preocupação e surpresa quando à elevada taxa de desemprego» e que os próprios técnicos do FMI, BCE e Comissão Europeia admitiram que o «fenómeno superou já o aumento previsto como consequência da implementação das medidas» de austeridade, o MSE recorda que: segundo o Relatório do Orçamento de Estado de 2012, no final de 2010 o desemprego era 10,8%. Quando o relatório foi escrito em 2011 previa-se que, no final do ano, os valores seriam de 12,5% e que, no final de 2012, chegariam aos 13,4%. Estamos a meio de 2012 e já vamos em 14,9%. A subida foi de facto acima do previsto no Orçamento de Estado, mas fica claro que a política decidida pelo governo levaria sempre a um aumento histórico do desemprego.
Campanha de financiamento do MSE
Porque somos independentes de qualquer estrutura sindical ou partidária e vivemos sobretudo do dinheiro que conseguimos reunir nos plenários, escolhemos o auto-financiamento como forma de angariação de fundos, que usaremos para as actividades do MSE, nomeadamente na produção de panfletos que ajudem à divulgação dos plenários e acções de luta que se venham a desenvolver. Por isso mesmo abrimos uma conta, da qual prestaremos contas a cada três meses, para a mailing list do MSE. Lá constará todas as entradas, oriundas dos plenários e de eventuais doações, bem como o destino das verbas recolhidas. Assim, convidamos todas as pessoas, na proporção das suas possibilidades, a ajudar a financiar o MSE. NIB: 0035 0817 0000 3990 5004 2 Cada euro será aplicado na luta contra o desemprego!
Agenda
- FLASHMOB NO CENTRO DE EMPREGO DO CONDE REDONDO pelo pleno emprego e contra a criminalização dos desempregados
- Data: Segunda, 28 de Maio de 2012 – 15:00
- Local: Centro de Emprego do Conde Redondo
- Em Março, no Centro de Emprego do Conde Redondo, uma activista do MSE (Movimento Sem Emprego) foi constituída arguida, acusada de desobediência e de manifestação ilegal, apenas por distribuir panfletos a convocar os desempregados para um plenário.
A PSP, por intermédio do seu porta-voz, afirmou que não tinha justificações, comentando no entanto que “duas pessoas já é uma manifestação”, recordando as regras que vigoravam antes do 25 de Abril de 1974 e o regime fascista que então vigorava. Voltamos ao Centro de Emprego a 28 de Maio, data em que faz 86 anos que foi instituído o Estado Novo, período que o actual governo insistem recuperar quer através das suas políticas, quer através da sua falta de cultura democrática. Vamos mostrar que não abrimos a mão da liberdade de expressão, do direito à manifestação e do direito a um emprego justo e com direitos. Participa e leva um amigo também!
- Evento no Facebook: http://www.facebook.com/events/287806031311357/
- MANIFESTAÇÃO PELO DIREITO AO TRABALHO
- Data: Sábado, 30 de Junho de 2012 – 15:00
- Lisboa: Largo do Camões » São Bento
Porto: Praça da Batalha » Praça D. João I
- Pelo direito ao trabalho e por políticas de pleno emprego!
Cavaco Silva disse, há pouco tempo, que 10.000 euros por mês não lhe chegavam para as despesas. Miguel Relvas e Passos Coelho já afirmaram em público que os jovens só terão melhoria na sua vida se emigrarem, e insultaram os que ainda não o fizeram dizendo que «não querem sair da sua zona de conforto». Agora, Passos Coelho diz que «o desemprego é uma oportunidade para mudar de vida» e que não se deve «estigmatizar» um despedimento. É notório o desrespeito dos membros do Governo, dos deputados da maioria, e do Presidente da República, em relação aos trabalhadores desempregados. Desrespeito que já vem de longe entre os partidos que nos governam: não esquecemos que José Sócrates assinou um memorando com a troika onde está escrito, preto no branco, que é preciso reduzir de 24 para 18 meses o tempo do subsídio de desemprego porque «a actual duração do subsídio não estimula a procura de trabalho»! Os desempregados não são calaceiros. São as vítimas da política de PS, PSD e CDS, de há muitos anos, de destruição da economia nacional, destruição da protecção laboral, venda ao desbarato de empresas públicas, permissividade total aos negócios mais mirabolantes no sector privado – com o seu cortejo de falências, deslocalizações, despedimentos colectivos, «lay-offs» -, ausência absoluta de um modelo económico que não assente em trabalho barato e sem qualificações. Se há desemprego não é por culpa da falta de empreendedorismo, de proactividade, de dinâmica e espírito de iniciativa dos desempregados: é porque há a decisão política de não investir na economia. A decisão política de não qualificar os trabalhadores. A decisão política de não negociar em favor de Portugal junto da UE. A decisão política de prejudicar os trabalhadores e beneficiar o capital. Porque rejeitam todas estas decisões políticas, e sobretudo porque sentem vivo repúdio por quem lhes destruiu o emprego e ainda os culpa por isso, os desempregados vão sair à rua em todo o país, convidando a juntar-se-lhes todos os partidos políticos, todos os sindicatos, todas as associações, todos os movimentos sociais, todos os colectivos, e todos aqueles que rejeitem esta política de insulto a quem não trabalha por decisão política dos partidos ao serviço do capital. O desemprego não é uma oportunidade: o desemprego é uma catástrofe nacional, cujos culpados não são os desempregados, nem os imigrantes, nem as conjunturas, nem as inevitabilidades: os culpados são os partidos cujas políticas criaram, maciçamente, o desemprego, e que têm ainda a suprema desfaçatez de atirarem a culpa para o agredido por eles!
- Evento no Facebook: http://www.facebook.com/events/278059855623119/
Unidos pelo Direito ao Trabalho e à Dignidade!
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