Nota da Coordenação – Prosseguimos a publicação desta série criada pelo investigador José Brandão. Mudamos agora de «teatro de guerra». A partir de 1963, a expressão «a guerra de Angola», como se designava popularmente o conflito em África, perdeu a razão de ser com a abertura de uma nova frente na Guiné dita portuguesa. O povo português começou a compreender que o optimismo oficial cada vez fazia menos sentido. Sabemos que esta obra é lida por muitos ex-combatentes e gostaríamos de receber comentários sobre a série “Em Combate”. E devolvemos a palavra a José Brandão.
GUINÉ
Início da luta armada na Guiné em 23 de Janeiro de 1963, com um ataque do PAIGC ao quartel de Tite, no Sul do território, região que seria a primeira zona de combate, limitada pelo rio Geba e pela fronteira da Guiné-Conacri.
Ainda no mesmo ano, o PAIGC abriu segunda frente, entre os rios Geba e Cacheu. Nos anos seguintes, os confrontos estenderam-se a outras zonas – ao Leste do território, às regiões de Gabui e do Boé, e ao norte do rio Cacheu, na fronteira com o Senegal, esta já em 1965. A partir de então, a guerra alastrou praticamente a todo o território.
A nível militar foi decidido criar as Forças Armadas Revolucionárias do Povo, seleccionando-se os melhores guerrilheiros, cuja acção deveria combinar-se com a das milícias de protecção, existentes em cada povoação. Em simultâneo com a realização deste congresso desenrolou-se a batalha da ilha do Como, Operação Tridente, uma das acções mais importantes da guerra na Guiné, com duração superior a setenta dias, em que a resistência nacionalista impediu as forças conjuntas portuguesas de conquistar esta base estratégica.
Na Guiné desde Julho de 1963, o BCav 490, destaca-se na participação na Operação Tridente (Ilha do Como/Komo), uma das maiores operações militares efectuadas pelas tropas portuguesas em territórios então designados como ultramarinos.
A estadia do Batalhão 490 na Guiné foi dada como finda em Agosto de 1965.
Este Batalhão de Cavalaria faz parte das 578 unidades que durante 141 meses combatem na Guiné.
É o primeiro aqui apresentado.
Batalhão de Cavalaria 490 124
Batalhão de Artilharia 733 132
Companhia de Caçadores 1420 140
Companhia de Caçadores 1590 148
Companhia de Artilharia 1688 156
Companhia de Caçadores 2402 164
Esquadrão de Reconhecimento 2640 172
Companhia de Caçadores 2700 180
Companhia de Cavalaria 3420 188
Companhia de Caçadores 4143 196
Batalhão de Artilharia 6523 204