POESIA AO AMANHECER – 41 – por Manuel Simões

José Tolentino Mendonça – Portugal

( 1965  –   )

A BELEZA NUNCA É CLARA

A beleza nunca é clara

no modo em que se aproxima

Somos com certas coisas

um mundo ainda terrível

incapaz de explicações

sem nenhuma das certezas

mesmo aquelas, ínfimas, que sustentam

uma palavra, um olhar ou um grito.

(de “De Igual para Igual”)

Estreou-se como poeta com o livro “Os Dias Contados” (1990), tendo publicado depois “Longe não Sabia” (1997), “A que Distância Deixaste o Coração” (1998), “Baldios” (1999), “De Igual para Igual” (2001). É ainda autor de uma belíssima tradução do “Cântico dos Cânticos”.

Leave a Reply