José Tolentino Mendonça – Portugal
( 1965 – )
A BELEZA NUNCA É CLARA
A beleza nunca é clara
no modo em que se aproxima
Somos com certas coisas
um mundo ainda terrível
incapaz de explicações
sem nenhuma das certezas
mesmo aquelas, ínfimas, que sustentam
uma palavra, um olhar ou um grito.
(de “De Igual para Igual”)
Estreou-se como poeta com o livro “Os Dias Contados” (1990), tendo publicado depois “Longe não Sabia” (1997), “A que Distância Deixaste o Coração” (1998), “Baldios” (1999), “De Igual para Igual” (2001). É ainda autor de uma belíssima tradução do “Cântico dos Cânticos”.