EM VIAGEM PELA TURQUIA – 41 – por António Gomes Marques

Pudéssemos mostrar aqui muitos dos objectos expostos e o leitor compreenderia a razão por que dizemos ser este um dos mais extraordinários museus que tivemos oportunidade de visitar e, acredite o leitor, já visitámos muitos museus em vários países. Repare-se na riqueza da olaria que a fotografia abaixo mostra:

Não são apenas os relevos em pedra ou a olaria, são também as estatuetas que nada ficam a dever ao lado de estatuetas de grandes escultores que a história da arte possa registar; são as pinturas murais com cenas de caça de veados ou de touros, estes datados de 6000 a. n. e., ou mesmo um fresco reproduzindo um caçador, da mesma data; vasilhas em forma de gazela ou em forma de cabeça de mulher, cujas formas artísticas nos espantam pela sua criatividade; adornos feitos com contas, pedras e osso, do primeira metade do VI milénio a. n. e. ou instrumentos de maquilhagem e espelhos da mesma época; lanças e pontas de seta; estatuetas de veado e de touro, a primeira com 52,5 cm e a outra com 37 cm de altura, da segunda metade do III milénio a. n. e.; os mais variados símbolos cerimoniais, em bronze, com alturas que variam entre os 18 e os 34 cm de altura; estatuetas de mulheres, uma em prata e ouro e outra em bronze, esta última amamentando um bebé; coroas, colares, pulseiras e outros adornos em ouro, de uma beleza que nada fica a dever a idênticos objectos que vemos nas mais sofisticadas ourivesarias. A beleza da estatueta que reproduz um touro, com 37 cm de altura, da segunda metade do III milénio a. n. e., que foi encontrada, assim como a da estatueta do veado, em Alacahöyük, situada entre Sungurlu e Çorum, que é o terceiro sítio hitita mais importante dos que ficam no complexo de Hattuşaş, nada ficam a dever à beleza das obras de arte de alguns escultores mais célebres do século XX.

 

Os adornos femininos são perfeitamente identificáveis

Gostaríamos de poder reproduzir as duas fotografias das estatuetas, a do veado e a do touro, mas tal não vai ser possível, mas não deixamos de recomendar o guia preparado por especialistas do Museu, intitulado, na versão espanhola, «Museo de las Civilizaciones Anatolianas», guia este que recomendamos vivamente e o qual gostaríamos de poder dar a conhecer aos leitores deste «Em Viagem pela Turquia». As fotografias que reproduzimos serão também nossas, das que não estão «tão sujas» pelos reflexos que sempre surgem quando fotografamos objectos dentro de vitrinas.

Veja-se a riqueza desta vitrina

Recordamos também ter visto algumas jarras cujas formas nos encantaram, todas com boca aguda, cerâmicas do séc. XIX a. n. e., encontradas em Kültepe, hoje Karum, que é um dos mais importantes locais da Idade do Bronze e que, no segundo milénio a. n. e., era a mais avançada colónia assíria.

Grande parte dos objectos aqui encontrados estão neste Museu das Civilizações da Anatólia

Na impossibilidade de reproduzir fotografias das jarras, vamos tentar compensar o leitor com fotografias de um relevo em pedra e de uma peça de olaria de grande beleza

Não são apenas os relevos em pedra ou a olaria, são também as estatuetas que nada ficam a dever ao lado de estatuetas de grandes escultores que a história da arte possa registar; são as pinturas murais com cenas de caça de veados ou de touros, estes datados de 6000 a. n. e., ou mesmo um fresco reproduzindo um caçador, da mesma data; vasilhas em forma de gazela ou em forma de cabeça de mulher, cujas formas artísticas nos espantam pela sua criatividade; adornos feitos com contas, pedras e osso, do primeira metade do VI milénio a. n. e. ou instrumentos de maquilhagem e espelhos da mesma época; lanças e pontas de seta; estatuetas de veado e de touro, a primeira com 52,5 cm e a outra com 37 cm de altura, da segunda metade do III milénio a. n. e.; os mais variados símbolos cerimoniais, em bronze, com alturas que variam entre os 18 cm e os 34 cm de altura; estatuetas de mulheres, uma em prata e ouro e outra em bronze, esta última amamentando um bebé; coroas, colares, pulseiras e outros adornos em ouro, de uma beleza que nada fica a dever a idênticos objectos que vemos nas mais sofisticadas ourivesarias. Repare-se na beleza do touro abaixo, com 37 cm de altura, da segunda metade do III milénio a. n. e., que foi encontrada, como a estatueta do veado, em Alacahöyük, situada entre Sungurlu e Çorum, que é o terceiro sítio hitita mais importante dos que ficam no complexo de Hattuşaş.

As duas fotografias das estatuetas, a do veado e a do touro, foram copiadas do guia preparado por especialistas do Museu, intitulado, na versão espanhola, «Museo de las Civilizaciones Anatolianas», guia este que recomendamos vivamente e o qual gostaríamos de copiar para o nosso «Em Viagem pela Turquia», especialmente as fotografias, o que não é naturalmente possível.

Mas não resistimos à tentação de mostrar, copiadas do mesmo guia, mais três fotografias de três jarras, cujas formas nos encantaram, todas com boca aguda, cerâmicas do séc. XIX a. n. e., encontradas em Kültepe, hoje Karum, que é um dos mais importantes locais da Idade do Bronze e que, no segundo milénio a. n. e., era a mais avançada colónia assíria.

Grande parte dos objectos aqui encontrados estão neste Museu das Civilizações da Anatólia

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