MARIA DOLORES – por MARGARIDA RUIVACO

Um Café na Internet

Dolores ainda está para perceber se a faca sente no fio a mesma dor que ela sente na coxa, quando, a coberto de outras dores, as duas partes de encontram, de mansinho e em silêncio.

Se a faca se assusta e se é obrigada, ou se sente o consolo do sangue quente que a coxa sente, esquecendo tudo mais.

Dolores, a tal que não vai à praia, nem deixa que o sol lhe acaricie as pernas. Nem o sol, nem ninguém.

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