de
Samuel Beckett
tradução e dramaturgia
Francisco Luís Parreira
direção
Carlos Pimenta
cenografia
João Mendes Ribeiro
figurinos
José António Tenente
desenho de luz
José Álvaro Correia
assistência de encenação
Vânia Mendes
interpretação
Jorge Pinto, Ivo Alexandre, António Durães, António Parra, Leandro Havelda
coprodução
Ensemble – Sociedade de Actores, São Luiz Teatro Municipal
colaboração
TNSJ
estreia
14Nov2013 São Luiz Teatro Municipal (Lisboa)
dur. aprox. 2:10 com intervalo
M/12 anos
À Espera de Godot – um título que se tornou proverbial em qualquer língua do mundo. Talvez nenhuma outra peça do séc. XX tenha conhecido um alcance tão expressivo, tão global. É legítimo afirmar que, na noite em que estreou esta “tragicomédia em dois atos”, Samuel Beckett alterava por completo não apenas os procedimentos da escrita dramática ou da encenação, mas – como afirmou Roger Blin, encenador responsável por essa primeira montagem, em 1953 – a própria “condição teatral”. Numa estrada, junto a uma árvore, duas criaturas sem eira nem beira, saídas de um vaudeville ou do cinema mudo, entretêm-se com jogos e picardias, rindo e chorando, discutindo tudo: um par de botas, os Evangelhos, o suicídio… Aguardam por alguém que não chega, que nunca chega: Godot, personagem-mistério que Beckett sempre se recusou a identificar com Deus, porque, mais do que aquilo que esperamos, lhe interessava realçar o que acontece enquanto esperamos. Com uma tradução de Francisco Luís Parreira que tem em conta a reescrita a que o dramaturgo irlandês submeteu a peça ao longo de trinta anos, Carlos Pimenta encena esta poderosa fábula, lançando Didi e Gogo (aqui interpretados por Jorge Pinto e Ivo Alexandre) no cenário de uma cidade em ruínas… Nova oportunidade de voltarmos a Beckett e ao seu – afinal, tão pouco absurdo! – “teatro do absurdo”, depois de termos encerrado 2013 a cantar, com Winnie, em Ah, os dias felizes.