Selecção e tradução de Júlio Marques Mota
«Novo inquérito sobre manipulações do preço do ouro nos EUA! Visada a Société Générale!»
Charles Sannat, «Les stress tests pour les banques c’est fini…Vive les « exercices » de transparence !!»
Le Contrarien Matin, 26 de Fevereiro de 2015
Mes chères contrariennes, mes chers contrariens !
Como todos os meus amigos sabem, desde há anos que denuncio com muitos outros as derivas e a opacidade no mercado de ouro, quer seja nos mercados quer seja mais prosaicamente no nosso mercado interno.
Muitas vezes, explicar-vos-ão doutamente que estamos a ver o mal por todo o lado e que somos até adeptos da conspiração, que o ouro é uma relíquia bárbara e deve valer menos ainda porque não serve praticamente para nada. …
Só que esta não é a realidade. As manipulações sobre o preço do ouro são agora um segredo de Polichinelo e os Estados são largamente culpados quanto os bancos que são oficialmente responsáveis pela gestão do mercado de ouro. Estes bancos têm o nome de “banco de ouro! Entre eles está um banco francês, Société Générale.
Pessoalmente não critico um banco mas sim o o sistema como um todo!
Ninguém se interessa, é como se haja um mau agouro para acusar este ou aquele banco pela simples razão de que todas estas manipulações foram orquestradas colectivamente, com a cumplicidade das autoridades de todos os países em causa, dos Estados, dos políticos, dos governos, dos bancos centrais, em suma, de toda a nata do planeta finança e a razão é simples… não é necessário que o ouro pode seja utilizado como “canário na mina” porque o papel de ouro através da evolução da sua cotação é dar conta e com precisão da perda de valor das moedas de papel!
Todos os governos e de todo o mundo funcionam com moedas ditas fiduciárias, baseadas na confiança (etimologia de fiduciária = confiança), com o centro do sistema monetário internacional assente num ‘padrão’, a moeda do dólar dos E.U.!
Para impor o dólar americano e o seu incrível privilégio, os americanos esforçaram-se para ‘matar’ o ouro de todas as maneiras possíveis durante os últimos 40 anos. A CIA foi ainda amplamente utilizada para influenciar decisões em particular pelos governos europeus. Lembrem-se destas palavras míticas de um grande dirigente americano: “o dólar? ‘ É a nossa moeda, é o vosso problema! “As coisas não aconteceram por acaso e os ” bullion bank,,” gosta-se ou não, tomaram decisões num contexto e, também, sob a pressão amigável do governo americano de que era esperado também que eles existiam para servir os seus interesses!
Nos Estados Unidos, o mundo das Finanças e da política estão intimamente ligados e as relações de forças evoluem de acordo com as circunstâncias e as necessidades políticas ou geopolíticas.
Os preços do metal: os bancos sob o olhar da justiça americana
Isto é o que nos dizem hoje o jornal Les Echos que relata as últimas revelações do Wall Street Journal:
“Grandes bancos tem manipulado os preços de metais preciosos. O departamento de Justiça dos EUA (DoJ), que suspeita de eventuais abusos, decidiu investigar “pelo menos uma dúzia” deles. A divisão antitrust examina como é que as cotações de ouro, prata, platina e paládio são estabelecidos em Londres, informa o Wall Street Journal.
O regulador americano, a Commodity Futures Trading Commission (CFTC),, Commodity Futures Trading Commission (CFTC), desde há meses que analisa o papel dos bancos na evolução dos mercados de commodities físicas e a transparência dos preços, também abriu uma investigação, de acordo com fontes próximas do dossier, cotado pelo jornal. Estes inquéritos estariam ainda na sua fase preliminar. »
Também é indicado nesse artigo que no momento, a Société Générale se recusa a comentar, o que se admite uma vez que se trata de inquéritos preliminares e o que me custa a compreender é a vontade súbita de transparência por parte das autoridades americanas sobre o assunto, já que são eles que precisamente têm organizado de forma institucional a manipulação das cotações dos preços do ouro e dos outros metais preciosos!
Nós não podemos julgar uma coisa que já foi julgada… Este é o único argumento credível!
Um dos grandes princípios da lei, e que se encontra em todos os países, ou quase, dispondo de um sistema judicial digno desse nome, é que nunca mais se pode voltar a julgar uma coisa que já foi julgada!
Se alguém tiver sido condenado por um crime, seja assassinato ou roubo de um rádio de um carro, esse alguém não pode ser condenado novamente pelo mesmo crime!
E é aqui que acontece algo absolutamente maravilhoso e delicado. Provavelmente vamos continuar a investigação. Provavelmente julgaremos os bancos que se irão apressar a negociar um acordo de algumas centenas de milhões de dólares da pena ou alguns milhões por realmente terem manipulado o preço de ouro… Esta será uma pena simbólica, mas a pena terá sido realizada por um montante escolhido e negociado por pessoas que se frequentam diariamente.
Agindo assim, “punindo” oficialmente e de forma bem modesta os bancos por um delito, na realidade as autoridades protegem estes mesmos bancos, permitindo-lhes resolver uma disputa jurídica possível de forma muito barata.
Nada acontece por acaso ou quase e é todo o sistema de poder planetário, global e globalizado, que hoje é prejudicial para todos os povos.
É já tarde, preparem-se.
Charles SANNAT
« à custa de querer abafar as revoluções pacíficas, tornam-se inevitáveis as revoluções violentas » (JFK)
Ceci est un article ‘presslib’, c’est-à-dire libre de reproduction en tout ou en partie à condition que le présent alinéa soit reproduit à sa suite. Le Contrarien Matin est un quotidien de décryptage sans concession de l’actualité économique édité par la société AuCOFFRE.com. Article écrit par Charles SANNAT, directeur des études économiques. Merci de visiter notre site. Vous pouvez vous abonner gratuitement http://www.lecontrarien.com.
Uma informação curiosa: procurem este nome no nosso blog!
L’Assemblée nationale est toujours otage de Thomas THÉVENOUD qui est toujours député. Pensons à elle. Ne l’oublions pas.»
(Pour protester pacifiquement et avec humour, n’hésitez pas à reprendre cette formule en bas de tous vos mails, de vos articles ou de vos publications, il n’y a aucun droit d’auteur !!)
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