CRÓNICAS DO QUOTIDIANO – APERTA-SE CADA VEZ MAIS O GARROTE FINANCEIRO – por Mário de Oliveira

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Enquanto o papa Francisco insiste em viajar pelo mundo e distrair com missas ritualizadas milhões de pessoas humilhadas, quotidianamente torturadas por carências de toda a ordem, durante as quais diz umas quantas frases sonantes que ninguém, a começar pelos próprios bispos e párocos católicos, toma a sério, o garrote financeiro continua aí cada vez mais apertado à volta da garganta dos povos que integram a Europa do euro e o mundo, no seu todo. Os grandes financeiros são mesmo assim, a Crueldade institucional, o Mal estrutural, o Pecado organizado, que só mulheres, homens opcionalmente pobres e orgânicos com os povos, chegam a descortinar e a resistir-lhe. Os religiosos, a começar pelos cristãos das igrejas, são estruturalmente cegos, não de nascença, mas desde o baptismo de água que suas mães, seus pais, demencialmente, decidiram impor-lhes, a pretexto de que não os querem discriminados entre os demais. De tão cegos, nem se apercebem que, ao impor-lhes o baptismo nalguma das igrejas cristãs, é que estão a discriminá-los, e da pior maneira, já que, ao fazer deles cristãos, segregam-nos da humanidade. É uma vilania, milhões de vezes, repetida, em aldeias e cidades de tradição cristã, destinada a formatar a mente-consciência das filhas, dos filhos, para, quando adultos, servirem os grandes financeiros. Mostram, assim, que nasceram e vieram ao mundo para, com seus cursos superiores e suas profissões altamente especializadas, ajudarem a reforçar o garrote financeiro europeu e mundial que, cada dia um pouco mais, asfixia os povos das nações, eternos escravos pé descalço, ou eternos escravos engravatados, sobre os quais os grandes senhores limpam os sapatos. Sozinhos, com seus mitos e medos, os povos das nações serão sempre comidos pelos grandes financeiros. Urge gerar intelectuais orgânicos, opcionalmente pobres, que vivam em permanência, entre eles e com eles, como outras tantas presenças maiêuticas.

14 Julho 2015

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