A NOSSA RÁDIO – CELEBRANDO EUGÉNIO DE ANDRADE – NÃO CANTO PORQUE SONHO

Eugenio_de_Andrade_por_Emerenciano_1988
Eugenio_de_Andrade_por_Emerenciano_1988

Não canto porque sonho

Poema: Eugénio de Andrade (adaptado) [texto original >> abaixo]
Música: António Pedro Braga e Fausto Bordalo Dias
Intérprete: Fausto* com José Afonso (in LP “P’ró Que Der e Vier”, Orfeu, 1974, reed. Movieplay, 1999)

Não canto porque sonho.
Canto porque és real.
Canto o teu olhar maduro,
o teu sorriso puro,
a tua graça animal.

Canto porque sou homem.
Canto porque és real.
Se não cantasse seria
o mesmo bicho sadio
embriagado na alegria
da tua vinha sem vinho.

Canto porque o amor apetece.
Porque o meu corpo estremece…
Porque o feno amadurece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o meu corpo estremece
por vê-los nus e suados.

Porque o feno amadurece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o meu corpo estremece
por vê-los nus e suados.
[bis]

Porque o meu corpo estremece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o feno amadurece
por vê-los nus e suados.

Porque o feno amadurece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o meu corpo estremece
por vê-los nus e suados.

Porque o meu corpo estremece
nos teus braços deslumbrados…

Nota: O verso “o mesmo bicho sadio” foi posteriormente modificado pelo autor, surgindo na edição canónica da poesia reunida (“Poesia”, Fundação Eugénio de Andrade, 2005) com a forma “somente um bicho sadio”.

* Fausto – voz e viola
José Afonso e Mafalda – vozes
Arranjos e direcção musical – Fausto
Produção – Adriano Correia de Oliveira
Gravado nos Estúdios Kírios, Madrid, em Abril de 1974
Técnicos de som – Pepe Fernandez e Paco Molina

Não canto porque sonho

(Eugénio de Andrade, in “As Mãos e os Frutos”, Lisboa: Portugália Editora, 1948 – p. 16-17; “Poesia”, 2.ª edição, org. Arnaldo Saraiva, Porto: Fundação Eugénio de Andrade, 2005 – p. 21)

Não canto porque sonho.
Canto porque és real.
Canto o teu olhar maduro,
o teu sorriso puro,
a tua graça animal.

Canto porque sou homem.
Se não cantasse seria
o mesmo bicho sadio
embriagado na alegria
da tua vinha sem vinho.

Canto porque o amor apetece.
Porque o feno amadurece
nos teus braços deslumbrados.
Porque o meu corpo estremece
por vê-los nus e suados.

Nota prévia:

Para ouvir os poemas de Eugénio de Andrade (os ditos/recitados e os cantados), há que aceder à página

http://nossaradio.blogspot.com/2015/06/celebrando-eugenio-de-andrade.html

e clicar nos respectivos “play áudio/vídeo”.

Leave a Reply