O DRAMA DOS MIGRANTES NUMA EUROPA EM DECLÍNIO E CAPTURADA POR ERDOGAN E OBAMA – 11. A VERDADEIRA NATUREZA DE ERDOGAN, de ALEXANDRE DEL VALLE – I

refugiados - I

Selecção e tradução de Júlio Marques Mota

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A verdadeira natureza de Erdogan

Alexandre del Valle

Ensaísta e editorialista. Autor, entre outras publicações, de: La Turquie dans l’Europe, un cheval de Troie islamiste? ( A Turquia na Europa, um cavalo de Troia islamita?, edit. Les Syrtes, 2003) ; Le Complexe occidental. Petit traité de déculpabilisation, Éditions du Toucan, 2014 ; Le Chaos syrien. Printemps arabes et minorités face à l’islamisme, Dohw éditions, 2015.

La vraie nature de Monsieur Erdogan

Politique Internationale, nº 148, Verão de 2015 

erdogan - III

Desde a chegada ao poder, em 2002, do Partido da justiça e do desenvolvimento (AKP) de inspiração islamita, a Turquia conheceu uma mutação económica, política, sócio-religiosa e estratégica impressionante. A mudança incidiu sobretudo sobre a identidade nacional e a natureza do regime político: construção maciça de mesquitas; envio dos militares para as suas casernas; autorização da utilização do véu nas escolas; projecto de revisão da Constituição instaurando o presidencialismo feito à medida para Erdogan.

Mas a política estrangeira não é a mesma : mantendo ao mesmo tempo a sua candidatura à União europeia, Ancara efectuou uma diplomacia ao mesmo tempo “neo-otomana”, virada para o mundo árabe-muçulmano, e multilateral em direcção aos países asiáticos. Esta Turquia pós -kemalista coloca-se em grande defensora dos Irmãos Muçulmanos e Palestinos. Rompendo brutalmente com o seu velho aliado Bachar-el-Assad, tomou partido pelos rebeldes sunitas em guerra contra o regime sírio, até adoptar uma atitude ambígua para com os grupos islamistas jihadistas, incluindo o Estado islâmico… Argumentando com a sua situação de corredor energético, Ancara endureceu igualmente as suas relações com a China, a Rússia e o Irão.

Escalada anti-israelita para seduzir a rua árabe e o islamismo

Tribuno “islamo-populista” sem igual, Recep Tayyip Erdogan soube jogar, desde 2002, a carta da reislamização para conservar o seu eleitorado sunita e permitir à Turquia voltar a pôr o pé nas suas antigas possessões otomanas (Egipto, Gaza-Palestina, Líbano-Síria, Magrebe, Balcãs…). Esta estratégia estendeu-se de maneira progressiva para não virar contra si os seus aliados ocidentais que o ajudaram a chegar ao poder e a vencer “o Estado profundo” kemalista (1). Mas, a partir do fim dos anos 2000, esta estratégia intensificou-se com endurecimentos verbais relativamente a Israel destinadas a seduzir os milhões de muçulmanos unidos em torno da causa palestiniana.

Vários acontecimentos marcaram o fim da amizade turco-israelita (2). O ponto de quase ruptura foi atingido com o problema da flotilha de Gaza, em Maio de 2010, quando comandos israelitas mataram nove militantes turcos pro-palestinos a bordo de um ferry turco encarregado de ajuda humanitária que tentava quebrar o bloqueio de Gaza. Um pretexto que lhe foi assim oferecido para denunciar o ex-aliado israelita. Depois Ancara aprovou plenamente a obtenção, pela Palestina, de um estatuto de observador na O.N.U, depois chamado criação “de um Estado palestino com Jerusalém-Leste como capital”, o que recusa o Estado hebreu, com o qual a Turquia permanece no entanto vinculada por um tratado (3). Ajustando o passo ao seu presidente, o primeiro-ministro Davutoglu declarou, aquando de uma reunião da Organização da cooperação islâmica (em Jibuti, em Novembro de 2012), que “os ataques na Faixa de Gaza – prisão a céu aberto – são um crime contra a humanidade” (4).

Desde há muito tempo ligada aos Irmãos Muçulmanos, que organizam anualmente em Istambul a sua reunião internacional, a Turquia do AKP tornou-se a nova terra de acolhimento do Hamas, ramo palestiniano dos Irmãos Muçulmanos. Membros da sua ala armada treinam-se sobre o seu solo com a aprovação das autoridades turcas. Obviamente, este apoio, que culminou com a instalação oficial em Istambul da sede do Hamas após a sua expulsão de Damasco em 2011, põe um problema de segurança aos países da NATO que sempre consideraram este movimento como um movimento terrorista. Apesar dos protestos israelitas e americanos, em 2013, Ancara permitiu ao Hamas alargar as suas actividades da sua sede turca, dirigida por Salah Al-Arouri.

Entre as personalidades do Hamas instaladas na Turquia, recenseia-se hoje vinte antigos prisioneiros reconhecidos culpados de actos terroristas, que foram libertados no âmbito da troca com o soldado israeliano Gilad Shalit, nomeadamente Zaher Jabarin e Jihad Yarmur, implicados no assassinato do soldado Nachshon Wachsman em 1994. Mais surpreendente ainda para um país que frequentemente se apresentou como sendo uma muralha contra o terrorismo islamita, a Turquia de Erdogan tolera que o Hamas se aproveite do seu escritório em Istambul para recrutar jovens Palestinos que estudam na Turquia, na Jordânia ou na Síria. Desde que a Jordânia deixou de autorizar os membros do Hamas a seguir uma formação militar sobre o seu solo, os novos recrutas são enviados à sede em Istambul de onde são encaminhados seguidamente para campos de treino. Em Dezembro de 2014, Khaled Mechaal, chefe do Gabinte político do Hamas, foi recebido com todas as honras aquando do congresso anual do AKP e em que pronunciou nesta ocasião um discurso que convida a reforçar a cooperação entre a Turquia e os Palestianos para “lutar e para libertar Jerusalém” (5).

As posturas anti-israelitas das autoridades turcas merecem contudo ser relativizadas: 1) o AKP nunca quebrou realmente com o estado de Israel, cujo exército continua a cooperar com o exército turco; 2) as declarações de Erdogan ou de Davutoglu que acusam a Israel a sua política “de colonização” e construção de milhares de alojamentos em colónias judaicas tocam como acusações de espelhos, porque a Turquia nunca pôs fim à política de ocupação e colonização – condenada pela O.N.U e pelo Conselho da Europa – 37 % do norte da ilha de Chipre (“república turca de Chipre do Norte, RTCN, não reconhecida internacionalmente”). Desde 2008, Ancara ameaçou mesmo várias vezes a república de Chipre (membro da UE) de intervir militarmente se por acaso atribuísse licenças de exploração do gás à Total ou a consórcios franco-russos, ao italiano (ENI) e ao sul-coreano (Kogas) (6).

Apoio dos revolucionários islamitas aos sunitas e malogro da diplomacia “zero inimigo”

A partir da primavera de 2011, apostando sobre o sucesso das revoluções árabes, a Turquia quebrou com os seus antigos aliados nacionalistas hostis aos insurrectos islamitas (Síria de Bachar el-Assad, a Líbia de Kadhafi e, desde 2013, Egipto do marechal-presidente al-Sissi). Ancara perdeu igualmente parte do seu crédito no Líbano e na Tunísia, onde tinha apostado sobre a capacidade de reacção dos Irmãos Muçulmanos. Apoiando os revolucionários Irmãos Muçulmanos e subestimando a capacidade de reacção das forças hostis aos islamitas, Ancara realmente reduziu a sua “profundidade estratégica” mais do que a alargou, consagrando assim o malogro da doutrina cara à Davutoglu “do zero inimigo”.

A estratégia de Ancara destinada a obter a inversão do regime baassista de Damasco para ganhar o coração das massas sunitas solidárias com os rebeldes sírios incentivou o governo turco a apoiar praticamente todas as forças de combatentes susceptíveis de derrubar Bachar el-Assad: de maneira oficial, os rebeldes sunitas “moderados”, depois, de maneira menos oficial, a Frente islâmica, o Exército da conquista (7) e mesmo o Estado islâmico (Daech (8)).

Desde o começo das operações militares ocidentais na Síria e no Iraque, Ancara recusou que a aviação americana utilize as bases da NATO para bombardear as posições do I.E. – e isso, com o risco de aparecer como um parceiro objectivo dos jihadistas. Recordemos que a Turquia abriga 24 bases da NATO (9), que o exército do ar turco dispõe das últimas tecnologias procedentes da indústria militar americana e que os seus pilotos são formados pelos Estados Unidos… Consternados, os estrategas da NATO e os países em guerra contra Daech sabem que, desde o início da guerra civil síria, Ancara fechou os olhos sobre os campos de treino do I.E. instalados sobre o seu território e sobre a passagem através da sua fronteira de armas e de jihadistas do mundo inteiro. Frequentemente muitos destes são recrutados na Turquia – nas mesquitas, nas escolas e mesmo entre as forças de segurança -, este país tornou-se uma base de retaguarda para a maior parte dos grupos islamitas sírios, incluindo os ligados à Daech e al-Nosra (ramo sírio de Al-Qaïda).

É, de resto, pela Turquia que transitam os voluntários europeus, como Hayat Boumeddiene, a companheira do terrorista francês Amedy Coulibaly, autor da chacina Hyper Cacher em Janeiro de 2015, ou ainda os três estudantes de liceu londrinos (10) que foram abordados via Twitter por um militante djihadista. Certamente, o governo turco assegura que faz tudo o que está ao seu alcance para proteger os 800 quilómetros de fronteira que separam os dois países; mas de acordo com os passadores, os combatentes sunitas e os refugiados, é claro que as máfias locais e as forças da ordem corruptas organizaram um verdadeiro negócio. Por 25 dólares, qualquer candidato ao Djihad pode cruzar a fronteira turca para se juntar ao Daech, al-Nosra, al-Ahram ou à Frente Islâmica. Certos passadores turcos “alugam” simplesmente secções da fronteira da Turquia com a Siria ao “emir” de Daech. Acrescentemos que, até agora, as autoridades de Ancara bem evitaram pôr um fim ao contrabando de hidrocarbonetos proveniente do Iraque e da Síria – que está muito longe de poder ser ignorado quando se sabe que as dezenas de campos petrolíferos e refinarias controlados pelo I.E. geram cerca de 2 milhões de dólares de receita por dia!

Pior ainda: no fim de 2014, enquanto que o secretário americano para a Defesa, Chuck Hagel, tentava convencer Ancara a participar na ofensiva ocidental contra Daech, o presidente Erdogan recusou apoiar militarmente as forças curdas que defendiam a cidade transfronteiriça de Kobané (norte da Síria), sitiada desde há vários meses pelos combatentes do Estado islâmico (retomada pelos Curdos em Janeiro de 2015) e de abrir a base militar de Inçirlik aos aviões da coligação internacional. O exército do ar turco foi mesmo ao ponto de bombardear alvos do PKK no sudeste da Turquia, uma primeira acção desde o cessar fogo decretados pelos rebeldes curdos em Março de 2013.

A recusa de Ancara de se juntar às operações da coligação contribuiu para comprometer o frágil acordo de paz concluído em 2013 com o PKK. E o sucesso inesperado do partido curdo HDP por ocasião das eleições gerais turcas do 7 de Junho de 2015 (13 %, 80 deputados) não é estranho a este arrefecimento das relações turco-curdas tendo como pano de fundo o caos sírio e regional. Em Novembro e Dezembro de 2014, as manifestações pró curdas multiplicaram-se na Turquia, fazendo várias dezenas de mortes. Mas Ancara tem sempre como prioridade a luta contra o regime Assad. Daí a reivindicação de uma zona de exclusão aérea ao noroeste da Síria em troca de uma participação turca – de momento muito simbólica – na luta contra o I.E. (11). E o governo AKP continua a recusar que as forças curdas da Síria sejam integradas no programa de treino dos rebeldes sírios postos em acção em Abril de 2015 conjuntamente com o Catar, a Arábia Saudita e os Estados Unidos.

(continua)

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 (1). Derin devlet: literalmente, “o Estado profundo” (do árabe dawla, Estado, e do turco derin, “profundo”). A maneira como a Turquia entende  a questão do interesse nacional e do Estado (“forte e sagrado ”) é a de que os direitos deste transcendem os direitos individuais. A expressão derin devlet traduz uma concepção ultranacionalista da soberania que inspira ao mesmo tempo o Estado-maior do exército turco e os nacionalistas kemalistas bem como a extrema-direita. Designa hoje os que estão prontos a intervir ( face aos “esquerdismos”, “aos separatistas” aos “islamitas, aos reaccionários”) para “impedir o desmantelamento da Turquia”. Esta estaria “ ameaçada” pelos seus vizinhos hostis (Gregos, Arménios, Iranianos, Árabes, Curdos, etc.), sempre prontos para regressarem ao tratado de Sevres que previa a divisão da actual Turquia depois da derrota definitiva do Império otomano (este tratado foi invalidado em 1923 pelo tratado de Lausanne  que fundou a República turca moderna).

(2) os dois governos tinham-se oposto violentamente a respeito da guerra contra o Hamas (27 de Dezembro de 2008 – 17 de Janeiro de 2009) e do aprisionamento por Israel (31 de Maio de 2010) da flotilha que se dirigia para Gaza (ver infra).

(3) recordemos por último que desde 1994 catorze acordos militares foram assinados entre as duas partes. A 18 de Setembro de 1995 foi assinado em Telavive “o memorando” sobre a aviação militar. Alguns meses  mais tarde, a 23 de Fevereiro de 1996, o Director Geral do ministério israelita dos Negócios Estrangeiros, o general David, e o primeiro secretário da representação turca, Cevik Bir, assinavam “acordos de cooperação e de treino”. Estes acordos incidiam sobre os treinos conjuntos entre as forças aéreas e marítimas dos dois países, a troca de pessoal militar ou ainda a possibilidade oferecida às duas partes de  utilizarem as suas bases militares respectivas. A aliança militar entre os dois países é quebrada oficialmente em Junho de 2010, no dia seguinte ao do ataque de um navio turco a caminho para a Palestina (“Flotilha da paz”) por Tsahal, de que resulta 9 mortes civis. Mas desde 2013, no contexto do caos sírio e regional, as relações entre a Turquia e o estado de  Israel aqueceram-se: Ancara retomou as suas compras de armamento junto do Estado hebreu, nomeadamente dos sistemas logísticos electrónicos destinados a equipar dos aviões Awacs.

(4) ver Alexandre del Valle, “a estratégia neo-otomana de Erdogan para re-slamizar a Turquia e influenciar o Médio Oriente”, Atlantico, o 12 de Novembro de 2012, http://www.atlantico.fr/decryptage/turquie-proche-orient-strategie-neo-ottomane-erdogan-pour-reislamiser-turquie-et-influencer-proche-orient-alexandre-del-valle-564237.html

(5) Centenas de recrutas foram formados para a utilização de armas ligeiras, para o fabrico de bombas e para as operações especiais na Turquia, antes de serem enviados sobre o teatro sírio ou da Cisjordânia. Os serviços de informação israelitas revelaram, em 2014, por ocasião da detenção de cem terroristas que preparavam atentados na Autoridade palestina, que o chefe da rede, Riad Nasser, era um antigo do Hamas que tem trabalhado em ligação com a sede de Istambul. Do mesmo modo, o chefe do grupo de trinta terroristas presos em Setembro de 2014, Manaf Ajbara, estudante originário de Tulkarem, foi recrutado na Turquia. Os assassinos dos três adolescentes israelitas mortos em Junho de 2014 foram recrutados igualmente pela sede de Istambul. E uma parte importante das armas do Hamas na Cisjordânia foi comprada pela sede de Istambul.

No que respeita à implicação da Turquia ao lado dos jihadistas e nomeadamente do Estado islâmico na Síria, esta é constatada por todos os serviços de informação dos países ocidentais que sabem que uma parte do território turco transfronteiriço da Síria serviu desde 2013 pelo menos de base de retaguarda aos jihadistas de Daech e hoje à Front al-Nosra (ramo sírio de Al-Qaïda) e Ahrar Cham, organizações estranhamente poupadas pelas bombardeamentos aéreos do exército americano. A presença de forças turcas ao lado dos jihadistas do I.E. foi assinalada em vários lugares do Curdistão sírio, nomeadamente em  Solipkaran, a 8 quilómetros de Tell Abyad, onde os militares turcos ajudaram os dihadistas a combater os rebeldes curdos. Os blindados turcos cruzam regularmente a fronteira turco-síria, como se viu quando apoiaram os jihadistas que sitiaram Jiimayé-Almalik (a 20 quilómetros de Tell Abyad) em frente ao PYD dos curdos sírios. As secções de elite turcas supervisionaram os ataques de Daech contra a aldeia de Khan al-Jaradé, facto confirmado não somente pelo regime sírio mas também pela oposição síria, nomeadamente o Observatório sírio dos direitos do homem (OSDH). É igualmente pela Turquia que transitam os jihadistas vindos da Europa, do Magrebe, do Cáucaso, da Ásia central, do Paquistão e mesmo da China ou da Índia.

(6) Ancara ameaçou igualmente excluir dos seus futuros projectos energéticos as companhias internacionais que assinem contratos de exploração de gás nas águas territoriais de Chipre, sobre as quais a Turquia não tem no entanto nenhum direito.

(7) A coligação militar é composta de numerosas facções rebeldes islamitas sírias, de que faz parte o ramo sírio de Al-Qaïda, Front al-Nosra, sobretudo activos em redor de Idleb, Hama e Lattaquié. Criado a 24 de Março de 2015, o Exército da Conquista tomou a cidade de Idleb a 28 de Maio de 2015. Esta aliança beneficia de uma ajuda considerável do Qatar, dos sauditas e sobretudo dos turcos em matéria financeira e logística, de entregas de armas e de facilidades de passagem sobre o território turco.

(8) Acrónimo de Dawla Al islamiyya fi Irak wa sham, Estado islâmico no Iraque e Levante, que se tornou em Junho de 2014 no Estado islâmico. Ver Alexandre del Valle e Randa Kassis, Le Chaos syrien, Dhow éditions, 2014.

(9) ver “NATO’  Eastern Anchor. 24 NATO bases in Turkey”, Global Research, 14 de Fevereiro de 2011, http://www.globalresearch.ca/nato-s-eastern-anchor-24-nato-bases-in-turkey/23205.

(10) Cf. Sophia Jones, “é suficiente 25 $ para se juntarem ao Da’ ech na Síria passando pela Turquia”, Huffington post, 7 de março de 2015, https://fr.news.yahoo.com/suffit-25-rejoindre-daech-syrie-063843398.html

(11) ver o artigo de Abdullah Bozkurt, “Erdogan’ s mosque building frenzy” (Zaman, 9 Maio de 2015), que anuncia uma operação militar do exército turco destinado a derrubar o regime Assad e que sofreu diversos revezes em maio de 2015. Com efeito, a Turquia efectua uma política mais que ambígua. Pretende, com efeito, ajudar a  coligação anti Daech pondo ao mesmo tempo condições impossíveis para a sua participação militar activa (zona de exclusão aérea e zona tampão) e ajudando directa ou indirectamente Daech face aos s Curdos e ao regime sírio, considerados por Ancara como os seus principais inimigos.

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Ver o original em:

http://www.politiqueinternationale.com/revue/read2.php?id_revue=148&id=1411&search=&content=texte

 

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