Adoro (e simultaneamente confundem-me) as confusões políticas.
E quanto mais actuais, melhor, mais efervescentes mais apetitosas e degustativas.
Sobretudo as daquela interessante Esquerda (as da Direita já nem me preocupam, apenas nelas cago, já que tenho outras ideias e ideais) quando cada vez mais evidentemente se descobre como, por entre as várias e contínuas trafulhices do Trump (que a tal interessante Esquerda, curiosa e cuidadosamente selecciona) cada vez mais ele é conectado com o Kremlin Putínico, cujo orientador máximo parece não descoincidir de todo com esta aberrante e tridimensional figura que nos caíu horrivelmente em sorte – graças ao bom povo americano que nela votou, convém sempre não esquecer, alimentar algumas mentes sobre a realidade – no que toca a vigarices electrónico-espio-crimino-concupiscento-corruptíferas.
Eu bem sei que isto é tudo uma maçada, que isto é tudo uma desagradibilidade – antigamente era tudo tão limpidamente límpido, antigamente era tudo tão facilmente fácil, ele eram os Bons, ele havia os Maus – tanto assim que os bem pensantes, oficiais, oficiosos ou funcionários daquela Esquerda involuída, quase desajustada, quase reaccionária, se vêem em palpos de aranha para se explicarem. Para explicar-se. Para explicarem. A coisa.
Ao povo, que aliás se está cagando em tudo isto, tem mais em que pensar e se entreter, como toda a gente sabe.