UMA CARTA DO PORTO – Por José Fernando Magalhães (174) – Reposição

23 de Março de 2017

 

ALMINHAS (3)

Alberto Correia, no seu artigo “Alminhas”, publicado na Revista «Beira Alta», 1982, vol. XLI, N.º 4, como introdução do Catálogo da Exposição ALMINHAS (Museu de Lamego, 1982), escreve:

“(…) Uma cruz incisa ou relevada encimando um nicho cavado é a forma mais vulgar das Alminhas. Monumento quase sempre modesto, obra de gente de aldeia, mais, algumas vezes se enriqueceu com ligeiros lavores de arte. Nos nichos pouco profundos havia antigamente tábuas pintadas, ou folhas, ou só as pedras o eram, com a figuração popular do Purgatório, um lume em labaredas que envolvia as almas representadas por seus corpos, braços erguidos ao alto donde virá a salvação, outra vez olhando os caminhos da terra onde os vivos passavam, para lhes pedir orações com uma legenda. Ou esmolas, apontando um cofrezinho” (…)

Desta vez estivemos em Aldoar.

Por lá encontramos três desses pequenos Monumentos. Um, na parede curva que fica à direita de quem olha para a Igreja Velha, e dois a ladear a entrada antiga do Cemitério. E nada mais vimos, e nada soubemos por parte das entidades da Paróquia, a não ser a existência da alminha que está junto à Igreja Velha.

É pena, a ignorância e o quase desprezo a que estão votados estes pontos de culto, por parte das entidades oficiais, uma vez que estes pequenos Monumentos fazem parte (ou deveriam fazer) do Património Paroquial ou até mesmo Municipal, e, dessa forma, do Património de todos nós.

 

ALMINHA ALDOAR
IGREJA VELHA

 

ALMINHAS NA ENTRADA DO CEMITÉRIO DE ALDOAR.

 

ALMINHAS
CEMITÉRIO DE ALDOAR

 

ALMINHAS
CEMITÉRIO DE ALDOAR

 

 

CONVERSAS EM SURDINA 19

 

Quand il ne Disait Rien, il Observait le Silence

 

 

 

 

 

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