A Guerra na Ucrânia – “A mensagem urgente de Ignacio Ramonet (diretor do Le Monde Diplomatique) sobre a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e as aves de “destruição massiva” “.  Por Beatriz Talegón

Seleção e tradução de Francisco Tavares 

8 m de leitura

 

A mensagem urgente de Ignacio Ramonet (diretor do Le Monde Diplomatique) sobre a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e as aves de “destruição massiva”

 

 Por Beatriz Talegón

Publicado por  em 30 de Março de 2022 (ver original aqui)

 

 

Ignacio Ramonet é jornalista, catedrático de teoria da comunicação e especialista em geopolítica. Atualmente é diretor do Le Monde Diplomatique em espanhol.

No seu perfil pessoal do Facebook, este jornalista de referência escreveu um texto, assinalando no início o carácter de “urgente” para explicar o que aconteceu na reunião do Conselho de Segurança da ONU [de 11 de Março de 2022].

 

O texto escrito por Ramonet diz o seguinte:

“… Urgente

(…)

Numa ruidosa reunião no Conselho de Segurança da ONU, realizada a pedido da Rússia, sobre o desenvolvimento de armas biológicas estado-unidenses no interior da Ucrânia, ficou evidenciado o seguinte:

1- O delegado russo entregou documentos e provas para que ficassem registadas na acta da sessão, as quais confirmam o seguinte:

    • Financiamento oficial do Pentágono para um “aparente” programa de armas biológicas na Ucrânia
    • Nomes de pessoas e empresas estado-unidenses especializadas nas provas e documentos envolvidos neste programa
    • A localização dos laboratórios na Ucrânia e as tentativas realizadas até agora para ocultar as provas.

2- Outra surpresa do representante da Rússia foi anunciar as

    • localizações dos laboratórios estado-unidenses que fabricam e ensaiam armas biológicas em 36 países do mundo (um aumento de 12 países em relação à sessão anterior).

3- O delegado russo especificou as doenças e epidemias, os meios para a sua libertação, os países nos quais estão a ensaiar e quando e onde foram efectuadas as experiências com ou sem o conhecimento dos governos destes países.

4- O delegado russo confirmou publicamente que entre as experiências e os efeitos está o vírus responsável pela actual pandemia e a grande quantidade de morcegos utilizados para transmistir este vírus.

5- Os Estados Unidos negam. Em França e na Grã-Bretanha, seus aliados (o reflexo entre os seus povos é muito violento), tendem a acreditar neste romance sob a pressão psicológica que a pandemia deixou sobre todos.

6- A Organização Mundial de Saúde nega ter conhecimento da existência de experiências biológicas na Ucrânia e diz: Toda a nossa informação é que são laboratórios de investigação médica para combater doenças (e a Rússia prova, com evidências, a correspondência regular e visitas de peritos da OMS aos laboratórios estado-unidenses suspeitos em todo o mundo).

7- A China ataca todos e diz ao delegado dos EUA: “Se negas e estás seguro da tua inocência, por que te negas desesperadamente a permitir a realização de uma investigação por parte de especialistas a fim de averiguar a verdade, especialmente com documentos e provas contundentes?”

 

Aves de destruição massiva, nova arma do Pentágono

Aos que queiram saber quais são os pássaros numerados… e como os Estados Unidos matam o mundo sem um só tiro… deixo aqui a informação:

A Rússia não esperava descobrir, como parte da sua campanha militar na Ucrânia, aves numeradas produzidas por laboratórios biológicos e bacteriológicos na Ucrânia financiados e supervisionados pelos EUA.

Mas o que são os pássaros numerados?!

Depois de estudar a migração das aves e observá-las ao longo das estações, os especialistas ambientais e os zoólogos poderão conhecer o caminho que estas aves tomam cada ano na sua viagem sazonal, incluídas as que viajam de um país para outro e até de um continente para outros.

Aqui entra em acção o papel dos serviços de inteligência das partes que conduzem um plano malévolo. Um grupo destas aves migratórias são “detidas”, digitalizadas e providas de uma cápsula de germes que levam um chip para serem controlados através de computadores. A seguir são libertadas de novo para unirem-se às aves migratórias nos países onde se planeia efectuar o dano.

Sabe-se que estas aves tomam um caminho desde o mar Báltico e o mar Cáspio até ao continente africano e ao sudeste asiático, assim como outros dois voos a partir do Canadá para a América Latina na Primavera e no Outono. Durante o seu longo voo monitoriza-se o seu deslocamento passo a passo por intermédio de satélites e determina-se a sua localização exacta. Se querem, por exemplo, prejudicar a Síria ou o Egipto, o chip é destruído quando o pássaro está nos seus céus. Mata-se o pássaro que cai levando a epidemia.

Assim as doenças se espalham neste ou naquele país. Dessa forma, o país inimigo é prejudicado sem nenhum custo militar, económico e político.

A numeração das aves migratórias é considerada um delito pelo direito internacional, porque são aves que penetram o céu e o ar de outros países. Se se lhes abastece de germes, então esta ave converte-se numa arma de destruição massiva. Portanto, no direito internacional, considera-se proibida a utilização de aves para lançar ataques mortais contra um oponente. Quem comete um acto tão imoral e desumano é castigado. Os EUA não tremem diante de nenhum castigo, pois ninguém se atreve a castigá-los, mas tremem diante do estigma que acompanhará a sua vida e da sua exclusão completa como país credível, inclusive perante os seus aliados.

Os russos têm uma forte carta de pressão, quando dizem que capturaram as aves. Isto quer dizer que os americanos foram apanhados com as mãos na massa, com todos os pormenores contidos que provam a condenação decisiva. Isto obriga a pensar na possibilidade de que todos os vírus que infectaram humanos neste século, especialmente os últimos, como o ébola que afectou a África, o antrax, a gripe suína e avícola, e actualmente o Covid-19, provenham todos de laboratórios financiados e administrados pelos EUA. E foi isto que fez com que a China apresentasse uma solicitação urgente, séria e estricta para realizar uma investigação internacional sobre o surgimento repentino do coronavírus. É muito provável que os Estados Unidos tenham utilizado aves migratórias para matar cidadãos da China.

O grave é que os escândalos dos EUA vão em crescendo. E começou agora a rebaixar o seu tom hostil para com a Rússia e está a tentar restabelecer a ligação com este país, na esperança de que chegue a um acordo político com os russos que o proteja do mal das suas acções e de que não constitua uma ameaça para a Rússia no futuro.


A autora: Beatriz Talegón [1983-] é política e colunista espanhola. Licenciada em direito pela universidade de Alcalá. Foi vereadora da Câmara Municipal de Cabanillas del Campo (2007-2008) e secretária-geral da União Internacional das Juventudes Socialistas (2012-2014). Foi filiada no PSOE de 2004 a 2015. É defensora do direito de autodeterminação da Catalunha. É diretora de opinião em Diario 16.

 

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