LIVROS PROIBIDOS NOS ÚLTIMOS TEMPOS DA DITADURA- 50 – por José Brandão

 

 

 

 

 

 

A recorrente presença de Vilhena e obras de grande valor, como o ensaio de Henri Lefebvre , ou as palavras do, então ainda sacerdote católico, Felicidade Alves, o belo romance de Curzio Malaparte ou a poesia futurista de Maiakovski, todos justificando comentários. O Pequeno Dicionário de Economia, típico so esforço que os editores nãpo comprometidos com o regime faziam para mostrar outra face da cultura – o livro de Christian Goux e de Jean François Landeau sobre o «perigo americano«, com edição portuguesa de 1973, numa época em que, apesar das duas bombas atómicas largadas sobre Hiroxima e Nagasáqui, apesar do Congo, apesar de Cuba, os europeus ainda não de tinham apercebido que ali, onde se forjavam ideias novas e descomprometidas  com regras sociais do nosso continente, se alimentava um monstro, um ogre em cuja genealogia se encontravam ideias nossas, europeias, da Antiga Grécia – mas a democracia que Platão sonhara era ali coisa disforme, um híbrido que, esperemos não procrie…

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