Pentacórdio, sábado, 2 de Junho de 2012. Por Rui de Oliveira.

 

 

 

 

 

     No Sábado 2 de Junho, nova iniciativa do Alkantara Festival 2012 pode concitar as atenções.

  

 

   Trata-se da apresentação na Sala Principal do Teatro São Luiz, às 21h, de“Madame Plaza” com coreografia de Bouchra Ouizguen, música de Ahat de Youssef El Mejjad e Akegarasu de Shin-Nai e interpretação de Kabboura Aït Ben Hmad, Fatima El Hanna, Bouchra Ouizguen e Naïma Sahmoud. Repete no dia seguinte (3/5) à mesma hora.


   Tema: Quatro mulheres. Bouchra Ouizguen, coreógrafa de Marraquexe com um historial tanto na dança oriental como na dança contemporânea europeia. E depois, Kabboura Aït Ben Hmad, Fatima El Hanna e Naïma Sahmoud, conhecidas como aïtas: mulheres que actuam em celebrações, casamentos e clubes nocturnos, trazendo canções de dor, perda e amor impossível – poderíamos chamar-lhes blues marroquinos ou, porque não, fado. As aïtasgozam de uma reputação ambígua, sendo admiradas pelas suas habilidades musicais mas também desprezadas devido ao erotismo implícito nas suas canções.


   As quatro encontram-se pela primeira vez no clube Madame Plaza em Marraquexe. “Madame Plaza“ é um encontro fascinante de vozes e corpos, de duas culturas urbanas, para além dos clichés da contemporaneidade e do folclore, radicalmente situado no imediato, no aqui e agora. Um espectáculo que “se revela lentamente, frágil e orgulhoso, com as mãos abertas e a força do humor”.  


   Esta foi a sua representação no encerramento do Festival “On Marche” de Marraquexe em 2010: 

 

 

     Os que prefiram a criação musical podem optar pelo Centro Cultural de Belém que, no seu Grande Auditório, às 21h, dá Carta branca a JP Simões, cantor e compositor, colaborador dos Pop dell’Arte, os Belle Chase Hotel e o Quinteto Tati, com três álbuns editados (o último “Onde Mora o Mundo”, 2010 em parceria com o compositor Afonso Pais).


     O espectáculo, com direcção musical e arranjos de Tomás Pimentel e JP Simões, intitula-se A Vida Ilustrada pois “imagina-se que cada canção equivale a uma crónica, inflamada ou melancólica, das que vão povoando os dias e enchendo as páginas das revistas de actualidades … Este é o ponto de partida para um concerto literalmente ilustrado, pretexto para a criação de novas canções e oportunidade para a reunião de novos e velhos cúmplices …”.

  

        Do seu último CD retiramos “A Marcha dos Implacáveis”:

 

  

 

Leave a Reply