Esta é mais uma edição especial deste suplemento dedicada à «Operação Pato». Não, não estamos a esquecer a crise política desencadeada pelo acórdão do Tribunal Constitucional – a «Operação Pato» está intimamente ligada à crise.
O Pato na Staatsbibliothek
Tal como o 007 e outros agentes secretos famosos, o Pato resolveu pensar pela sua cabeça – recebeu instruções para entregar uma carta ao Dr. Durão Barroso e conseguiu finalmente cumprir a sua missão, como soubemos ontem. Porque nestas coisas a informação não deve ser dada toda de uma vez, não foii dito por que motivo o presidente Barroso mandou que o Pato fosse levado à sua presença – o nosso palmípede descobriu factos passados, pormenores da biografia do senhor presidente. Foi aos poucos revelando esse conhecimento e resultou. E continuaria a revelar o passado do presidente da Comissão Euopeia – tudo de Alfa a Omega, de Abel a Cherne… Subtilmente aludiu à história dos móveis da Faculdade de Direito – o senhor presidente disse ter orgulho no seu passado «irreverente». Ao ter conhecimento desta fanfarronada, o Pato resmungou que por «irreverências» menores, tem ele ido parar a Alcoentre. E o senhor presidente mandou trazer o Pato para uma reunião. A que ontem narrámos. O Pato congeminou então usar a mesma estratégia para abordar a senhora dona Angela, chefe do camarada Abel/Cherne/Barroso. Pediu ao Professor Júlio Marques Mota uma carta para a chanceler – para quê rezar aos santos, quando se pode ir directamente a Jeová… ou será Jeovana?… Jeovangela?… E vai de se enfiar na Staatsbibliothek de Berlim. O material começou a aparecer: Angela Merkel, filha de um pastor luterano e de uma professora de inglês e latim, foi uma criança muito tímida. Um episódio escolar – que Angela detestava os exercícios de educação física, Numa aula de natação o professor mandou todos os alunos saltar da prancha para a piscina. Angela tinha medo da água, mas subiu à prancha mais alta de todas e aí ficou a aula inteira a olhar para baixo, sem saltar. Só quando soou a campainha para o termo da aula é que Merkel se atirou. Determinada, trabalhou numa discoteca enquanto andava a preparar o doutoramento. Segundo um dos seus biógrafos, Gerd Langguth, tem grande sentido de humor e jeito para imitações. Consegue reproduzir na perfeição o sotaque de um professor checo que teve na infância, imita diálogos que teve com Obama e os tiques de Sarkozy. E será capaz de imitar um pato?
Pormenores escabrosos, nada – não desviou mobílias, por exemplo. A iconografia animou um pouco as coisas. Depois desta foto da Angela em pequena, as coisas melhoraram – primeiro um BI:
E depois esta grata surpresa:
O que irá fazer o Pato com este material?
Sabemos que fez um telefonema para a Playboy. Não perca o próximo episódio da «Operação pato».
O ESTRANHO CASO DO PASTOR ALEMÃO – Na pista de Celeste, a mecânica
Esta semana a bem dizer não vamos publicar este emocionante folhetim – o Pato anda por Berlim em grandes aventuras e não queremos que quem nos lê tenha problemas cardíacos – as emoções em demasia não são convenientes.
O inspector Pais, depois de ler o relatório do Pato, comentou:
– Olha, a dona Angela Merkel é filha de um pastor alemão… querem ver que está relacionada com o nosso caso.
Engoliu um pastel de bacalhau, reflectiu e:
– Não. A frau Angela é filha de um pastor alemão, mas é uma rottweiler.
Entretanto a mecânica Celeste .ausentou-se para parte incerta. Mas o inspector tem uma pista… Ou mais do que uma.