Selecção e tradução de Júlio Marques Mota
Revisão Flávio Nunes
(conclusão)
Outros tempos. Publicidades frescamente novas, aparecidas no metro de Atenas, elogiam os méritos presumidos de certas sociedades, “que podem transferir até seis mil euros desde o estrangeiro”, que se dirigem obviamente aos Gregos, o país dos controlos dos capitais e simultaneamente do euro que realmente já não tem o mesmo valor, na Grécia como na França. Outros cartazes sempre na cidade, convidam-nos, por fim, a descobrir a música antiga, associada à herança das músicas tradicionais do país como um todo, país inteiro, desde Creta até Thrace, porque “é (como) um hino Homérico dedicado à Demetra”.
Nem tudo estará assim perdido… na Grécia, apesar do memorando Tsipras, o qual dá como se sabe, a possibilidade aos credores Troïkanos, de apreenderem todo o bem público pertencente ao Estado (a Grécia), abolindo… melhor que os memorandos precedentes, os restos finais da soberania do país e pelo mesma ocasião, as suas Convenções colectivas, o seu sistema das reformas, bem como a esperança SYRIZA que finalmente não tem aparecido, contrariamente ao slogan, deve-se dizê-lo, com que teve sucesso em Janeiro passado.
Outra estela, saída do santuário dos Grandes Deuses de Samothrace; um dos principais santuários pan-helénicos, célebre no conjunto do mundo grego desde a época clássica pelo seu culto aos mistérios ctónicos ou telúricos, inspiraria a boa sorte aos neófitos, o que é sempre de actualidade sem os mistérios, talvez.
Verão grego, arrastando os pés… como a esperança por terra, numa ausência observada dos Grandes Deus chthónios. Os turistas que arrastam também os pés por causa deste calor observam-nos, sempre sem nos estarem a entender. Espera-se, ou não se espera mais o Outono, tudo depende ; em todo caso, e para certos bares, é o momento das renovações, com ou sem SYRIZA.