RESPOSTAS DE CRIANÇAS/JOVENS À QUESTÃO “E SE FOSSE EU?”, TENTANDO COLOCAR-SE NA PELE DE REFUGIADOS por Clara Castilho

Crianças e jovens das escolas portuguesas tentaram, no passado dia 6, colocarem-se na pele dos refugiados. “E se fosse eu? Fazer a mochila e partir.” é uma iniciativa que permite reflectir sobre uma realidade vivida por milhões de pessoas.

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Na maioria das reflexões, os alunos dizem levar bens que consideram essenciais e/ou simbólicos como roupas, produtos de higiene, comida, medicamentos, telemóveis, carregadores e lembranças, mais especificamente, fotografias da família.

O projeto é uma parceria entre a Plataforma de Apoio aos Refugiados, a Direção-Geral da Educação, o Alto Comissariado Para as Migrações e o Conselho Nacional da Juventude.

À pergunta “E se fosses tu?”, alguns responderam assim:

“Nós preocupados com coisas fúteis e eles a tentarem sobreviver… O projeto fez me refletir bue sobre a sorte que tenho. Acho que foi muito boa a atividade q decidiram fazer com os alunos. ate arrepia ver isto, nao me consigo imaginar no lugar deles… Isto é tao triste.”

“Depois de a minha turma ver o video ficamos todos em silencio e isso nunca acontece. Aposto que alguns estavam a tentar n chorar.”

“Eu Levaria uma guitarra, um caderno e um lápis para reescrever o testemunho de um mundo mais justo!”

“Eu levaria dois agasalhos (um para chuva e outro mesmo para aquecer), cantil para ter sempre água, prato com talheres, os meus medicamentos para a asma, os meus 2 livros preferidos para manter a esperança e a motivação para conseguir chegar a um lugar seguro, duas refeições enlatadas para quando fosse necessário e uma recordação da melhor altura da minha infância (o gato de peluche).” (Claúdia Leite)

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 “Eu levaria uma garrafa de água/recipiente onde pudesse guardar água para levar água logo à partida e poder encher mais tarde; bolachas de água e sal por serem um alimento que tira a fome e é fácil de digerir; lanterna para ter luz em alturas muito críticas; uma manta para me aquecer caso necessário; papel e caneta para anotar os dias e pensamentos que ocorressem; enlatados por durarem muito tempo; um saco de plástico para proteger as coisas da chuva ou armazenar eventuais objetos que aparecessem; um livro para ir lendo aos poucos e não me esquecer da língua; BP para proteger a cabeça e em último caso usar como cesto; e uma faca ou outro objeto contundente (que me esqueci de incluir na foto) para me defender e cortar coisas no geral.” ( Sybil)

 “À parte daquilo que preciso, levaria textos escritos por amigos, folhas brancas, lápis e caneta e um livro (que não tenha lido, grande e divertido se for possível). Não deixo de sentir que a arte é a manifestação da nossa humanidade e não posso perder ou deixar que quem me acompanhasse perdesse o contacto com ela. A música, felizmente, está em todos nós.” ( João Fatela).

1 Comment

  1. De arrepiar, mesmo, Clara Castilho. As crianças são sábias e muito comoventes,
    Que a nossa triste história não as machuque demais.
    abraço solidário

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