MARRINER ECCLES, um homem muito à frente do seu tempo (anos 30) e do nosso também – 1. Alguns textos sobre Marriner Eccles, sobre o espírito de 33 e sobre os homens do New Deal: 1.15. O Sistema da Reserva Federal e o New Deal – 1933/1939 (5/5). Por Henk Verweij

A good many people believe Marriner Eccles is the only thing standing between the United States and disaster.” – TIME Magazine, 1936

Nota de editor:

Iniciámos no passado dia 1 de Fevereiro uma longa série – de mais de 50 textos – cuja última parte está ainda em preparação. O presente texto “O Sistema da Reserva Federal e o New Deal – 1933/1939, insere-se no conjunto de 17 textos que compõem a 1ª parte 1. Alguns textos sobre Marriner Eccles, sobre o espírito de 33 e sobre os homens do New Deal”.

Esta série é, desde logo, o resultado do labor incansável e da mais elevada competência do seu autor, Júlio Marques Mota, e, como o próprio refere, é um trabalho que leva mais de um ano em preparação e “não foi um trabalho fácil porque, partindo do zero quase absoluto, tivemos de andar a deambular de texto em texto, aceitando uns, rejeitando outros, de referência bibliográfica em referência bibliográfica, cruzando textos e referências bibliográficas”.

É com grande satisfação e orgulho que publicamos na língua portuguesa estes textos em torno das ideias e ações de Marriner Eccles, o mais brilhante de todos os Presidentes do Conselho de Governadores do FED nas palavras de Michael Pettis (e que fazemos nossas). Como diz Júlio Mota, “Marriner Eccles é um dos maiores símbolos intelectuais da oposição fundamentada feita contra os teóricos criadores de catástrofes e os seus vassalos” e cujas ideias e ação, segundo a Time referia em 1936, “protegeram a América do abismo. Trata-se de ideias que na primeira metade do século XX ajudaram a fazer da América um grande país, e que vão contra as ideias destes falcões monetaristas (…) que querem fazer da Europa um insignificante continente”. E como conclui Júlio Mota os “… tempos de ontem, afinal, não diferem muito dos tempos de hoje, a lembrar a frase de Peter Kenen: o mundo mudou muito, mas os problemas são os mesmos. Os problemas são os mesmos e os políticos, pelo que se vê, são também os mesmos. É exatamente isto que confere uma extrema atualidade aos textos que iremos apresentar em torno da obra de Marriner Eccles.”

Em virtude da grande extensão desta tese de mestrado de Henk Verewij (cerca de 100 páginas), e porque se autonomizam as conclusões finais, a mesma será publicada em 5 partes. Hoje é publicada a 5ª parte.


Seleção e tradução de Júlio Marques Mota

18 m de leitura

 

1. Alguns textos sobre Marriner Eccles, sobre o espírito de 33 e sobre os homens do New Deal

1.15. O Sistema da Reserva Federal e o New Deal – 1933/1939 (5ª parte)

Por Henk Verweij

Tese de Mestrado em Estudos Norte-Americanos, Universidade de Leiden – em 15 de Janeiro de 2016

Supervisor: Dr. Eduard van de Bilt

Segundo leitor: Dr. Jeroen Touwen

Publicado em Teses de Estudantes da  (ver aqui)

 

Introdução.

Capítulo 1. A visão “radical lógica ” de Marriner S. Eccles.

Capítulo 2. “Uma fraca base sobre a qual apoiar-se”. Eccles e os historiadores sobre o fracasso do Sistema da Reserva Federal

Capítulo 3. Reconstrução da economia e “estar no banco de trás”. O Sistema da Reserva Federal na década de 1930.

Capítulo 4. A Luta com Henry Morgenthau e a “Recessão de Roosevelt” de 1937.

Conclusão: Legado de Eccles. O Sistema “no banco da frente” e a teoria padrão do “financiamento compensatório”

Bibliografia.

 

(conclusão)

 

Conclusão: Legado de Eccles. O Sistema “no banco da frente” e a teoria padrão do “financiamento compensatório”

 

Quando Marriner Eccles renunciou ao Conselho de Governadores da Reserva Federal System, a 15 de julho de 1951, fê-lo não como presidente do Conselho de Governadores, mas como membro ordinário. Em Janeiro de 1948, o Presidente Harry Truman tinha-se recusado a reconduzir Eccles. Embora perplexo com a decisão de Truman, Eccles tinha permanecido no Conselho. Segundo Eccles, o Presidente não o reconduziu, porque o Conselho tinha decidido prosseguir com a ação antitrust contra a Transamerica Corporation de A.P. Giannini. Esta organização bancária tinha uma influência “tremenda” na Califórnia e em quatro outros estados [194]. Sandra Weldin reafirma esta suspeita. Ela refere-se a uma carta justificativa do Presidente Truman, carta que Eccles nunca viu. Para além do processo Transamérica, o Presidente declarou nesta carta que Eccles tinha violado a lei ao permanecer administrador, presidente ou diretor de várias das suas empresas [195].

A sua principal razão para permanecer foi a luta em curso para libertar o Sistema das garras do Tesouro. O Secretário do Tesouro, baseando a sua autoridade da Lei de Reserva de Ouro de 1934, tinha decretado a política monetária sem ter em conta os pontos de vista do Sistema da Reserva Federal. Tinha também havido um acordo em 1942 para fixar a taxa de juro de longo prazo a um nível baixo de 2,5%, a fim de financiar a Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra o Sistema não dispunha de nenhuma margem de manobra.

Eccles defendia o ponto de vista de que, numa situação em que só a política orçamental poderia dar a volta à economia, o Sistema da Reserva Federal devia agir como agente orçamental do Tesouro. A Segunda Guerra Mundial mudou essa situação. Eccles viu que a Guerra foi a cura para a Depressão. O desemprego desapareceu e os preços subiram rapidamente. Eccles e o Conselho de Administração tomaram consciência de que agora era tempo de “puxar a corda” para evitar uma inflação galopante. O Secretário do Tesouro, primeiro Fred Vinson, e depois John W. Snyder, ambos sucessores de Morgenthau quando este partiu em 1945, recusaram-se sistematicamente a mudar de rumo. Eccles temia que a continuação da cooperação com o Tesouro, como o Sistema tinha feito desde 1934, tornasse o Sistema “um motor da inflação [196]“. Embora o Sistema tenha ganho alguma flexibilidade após 1945, não conseguiu chegar a acordo com o Tesouro para abandonar a taxa de juro de 2,5%, e deixar as taxas de juro subir. Um aumento da taxa de juro não era do interesse do Tesouro, uma vez que este tinha de gerir uma dívida nacional de quase 300 mil milhões de dólares e queria manter os seus custos de juros tão baixos quanto possível.

Então, em Julho de 1950, eclodiu a Guerra da Coreia. Quando os chineses invadiram a Coreia em Dezembro, a perspetiva parecia ser de novos e grandes défices orçamentais que iriam alimentar a inflação. Os compromissos já não eram possíveis. O Sistema tinha de ter o poder de agir. O Tesouro, no entanto, não cedeu, exagerando, de facto, o seu poder. A 31 de Janeiro de 1951, teve lugar na Casa Branca uma reunião única, mas também decisiva, entre o FOMC e o Presidente Truman, que era um forte apoiante dos pontos de vista do Tesouro. O impulso para a reunião foi um discurso proferido pelo Secretário Snyder duas semanas antes. Nesse discurso, ele tinha declarado que o Sistema apoiava incondicionalmente a manutenção da taxa de juro em 2,5%. Após a reunião, a Casa Branca e o Tesouro anunciaram que o Sistema apoiava plenamente as opiniões do Tesouro e que não havia diferenças de opinião. Isto era contrário aos factos. Questionado pelos repórteres se o Sistema tinha capitulado, Eccles negou-o. Quando a Casa Branca publicou uma carta na qual o Presidente Truman agradecia ao Presidente [do Conselho de Governadores] Thomas McCabe o seu apoio ao Tesouro, Eccles não viu outra opção que não fosse disponibilizar para a imprensa um relatório da reunião da Casa Branca que o FOMC tinha preparado. O relatório afirmava claramente que o Presidente não tinha pedido ao FOMC para apoiar a política do Tesouro e que o FOMC não tinha, de facto, dado esse apoio. Este documento expôs a Casa Branca e o Tesouro como mentirosos. Esta ação de Eccles forçou um avanço. No espaço de um mês, houve um acordo que libertou o Sistema das amarras do Tesouro. Alguns meses depois de ter libertado o Sistema do seu “cativeiro babilónico”, Eccles demitiu-se e regressou a Utah [197].

O Sistema tinha ganho independência em relação ao Tesouro. O Sistema da Reserva Federal era agora semelhante a outras agências governamentais que tinham de implementar as políticas acordadas pelo Presidente e pelo Congresso? Terá ele ganho a independência dentro do governo, como disse Alan Sproul? [198] Usando o termo “interdependência”, Donald Kettle, chama única à independência do Sistema da Reserva Federal, mesmo que esta não seja total. Ao contrário de outras agências governamentais, o FED é autofinanciado, estando assim livre de problemas de apropriação pelo Congresso. Um conselho público controla os bancos de reserva privados. Os membros do conselho gozam de longos mandatos, e não existem relações formais entre o Presidente dos Estados Unidos e o Conselho do Sistema da Reserva Federal. Isto não significa, contudo, que um Presidente não tenha influência nenhuma sobre as políticas do Sistema. Os dias em que um Presidente como Herbert Hoover não se atrevia a ordenar ou a pedir ao Sistema que apoiasse as suas políticas, acabaram. Como Kettle argumenta, as políticas monetária e orçamental estão agora relacionadas. As decisões monetárias do Sistema são realmente importantes para o Presidente. A Depressão destruiu a premissa dos fundadores de que a política monetária poderia ser definida independentemente das políticas do governo. A política monetária faz hoje parte da estratégia económica do Presidente.

Outra razão importante é que o orçamento federal perdeu o seu poder de direção da economia. Uma parte muito pequena do orçamento, menos de 10%, hoje em dia, não está mandatada pelas leis existentes e, portanto, controlável. No entanto, os eleitores apenas esperam de um Presidente que este se ocupe da economia. Além disso, desde os anos 80 devido à Globalização, o Sistema é uma instituição que opera internacionalmente. Assim, Kettle conclui, “O FED e a presidência, o Governador e o Presidente, são assim inextricavelmente interdependentes”[199].

Atualmente, o Sistema da Reserva Federal é uma instituição poderosa, possivelmente a mais poderosa dos Estados Unidos. Como Shull argumenta, “preside a todo o âmbito dos assuntos monetários da nação … com os bem conhecidos objetivos de estabilizar os preços e promover o crescimento económico”. Supervisiona e regula as organizações bancárias, tem autoridade para aprovar ou desaprovar fusões entre bancos, e a capacidade de resgatar os bancos em dificuldades. É líder no desenvolvimento de regulamentos na banca internacional, opera e regula os sistemas de pagamento e desenvolve regras relativas ao crédito ao consumo. Todas estas importantes funções dão ao Governador do Sistema da Reserva Federal um intenso nível de visibilidade. Quando ele ou, como é hoje o caso, ela dá o testemunho legalmente exigido perante o Senado, o mundo financeiro inteiro ouve atentamente [200].

Segundo Shull, o poder do Sistema cresceu em três períodos economicamente turbulentos. O primeiro foi imediatamente após a Primeira Guerra Mundial, quando o Sistema desenvolveu transações de mercado aberto como um instrumento de política financeira. O segundo foi durante a Depressão, quando Eccles reorganizou o Sistema, colocando a autoridade decisiva para as transações de mercado aberto no Conselho de Administração. A década de 1970 foi o terceiro período. Foram os anos de estagflação, em que, por contraste com a teoria económica, se assistiu a uma combinação de elevada inflação e elevado desemprego. Foram os anos do colapso dos Acordos de Bretton Woods, da taxa de câmbio flutuante do dólar e da explosão dos preços do petróleo. Nos três períodos, o Sistema tinha líderes fortes, Benjamin Strong, Marriner Eccles e Paul Volcker [201].

Desses três períodos, o segundo é o mais importante. A era da depressão colocou o Sistema da Reserva Federal na posição de agir em contraciclo, ou como disse William McChesney Martin, presidente de 1951 a 1970, inclinando-se contra os ventos ou tirando a taça do ponche à medida que a festa avança [202] [N.T., o mesmo é dizer: reduz-se o estímulo à medida que a economia melhora]. Só quando o Acordo de 1951 libertou o Sistema face ao Tesouro é que ele poderia desempenhar esse papel, e o Sistema da Reserva Federal aprontou-se imediatamente para o fazer. Os liberais repreenderam Martin declarando que a sua política para conter a inflação abafava o crescimento económico. Paul Volcker fez desaparecer a inflação galopante da economia através da implementação de taxas de desconto mais elevadas do que nunca. Em 2008, quando a pior recessão desde a década de 1930 ameaçou resultar novamente em deflação, o Sistema da Reserva Federal fez o que, segundo Galbraith, deveria ter feito em 1929-1933: inundar a economia com dinheiro através de um programa de “flexibilização quantitativa”. A Reserva Federal comprou títulos do governo em grande escala. Neste caso, o Sistema da Reserva Federal estava novamente a corrigir uma falha da sua própria autoria. De acordo com vários economistas, o Sistema não tinha conseguido regular adequadamente os novos instrumentos financeiros, que os bancos e outras instituições financeiras tinham inventado nos anos 90, e agora estava a compensar este fracasso.

Nem todos aplaudem o grande poder que o Sistema agora tem. Shull acha irónico que uma instituição estabelecida em 1913 como contrapeso a concentrações de poder se tenha tornado naquilo que se pretendia suplantar [203]. Greider argumentou há 30 anos que a Reserva Federal estava a gerir o país, afirmando que se tinha tornado um Templo Secreto com os seus próprios rituais e uma linguagem incompreensível. Greider pensava que as pessoas tinham esquecido que “o dinheiro era política e que a democracia dependia dele [204]“.

No epílogo da obra The Fiscal Revolution in America, Stein distingue quatro passos que podem permitir chamar revolução ao que aconteceu depois de 1933. Em primeiro lugar, a doutrina do orçamento equilibrado perdeu o seu poder doutrinário. O Presidente Roosevelt apresentou défices – por vezes grandes – e nada aconteceu. O país não foi à falência. Não prejudicou o Presidente nas sondagens; os eleitores reelegeram-no a seguir por três vezes. Em segundo lugar, em 1938, o Presidente tomou a importante decisão de comprometer o governo com “uma política de gestão do desempenho global da economia”. A estabilidade económica tornou-se o objetivo mais importante da política orçamental em todos os momentos, não apenas em tempos de crise. Terceiro, as “finanças compensatórias” tornaram-se doutrina padrão quando a Administração Eisenhower a abraçou, “confirmando que tanto republicanos como democratas, conservadores como liberais, doravante discutiriam e tomariam decisões com grande atenção aos seus efeitos esperados sobre o comportamento geral da economia”. O quarto fator foi que nenhuma outra regra ou doutrina veio substituir a doutrina do equilíbrio orçamental [205].

Sem o nomear, Stein ergue um monumento em homenagem a Eccles. Foi Eccles que atacou vigorosamente a doutrina do equilíbrio orçamental. Foi Eccles que, como um dos líderes do grupo e dos defensores da despesa pública financiada pelo défice, convenceu o Presidente Roosevelt a tomar um novo rumo em 1938. O epílogo de Stein é um testemunho claro do legado de Ecles sobre a política orçamental. Ao introduzir os princípios “keynesianos” como base para as políticas orçamentais, Eccles estabeleceu a ideia de que o governo deve desempenhar um papel ativo na economia.

Durante cerca de 40 anos, os princípios keynesianos tiveram uma influência pesada e dominante nas políticas orçamentais e económicas do governo federal, com o seu ponto alto a chegar nos anos 60, quando o Presidente Nixon pensou: “Somos todos keynesianos”. Então, esses princípios começaram a cair em descrédito. Jeffry Frieden concorda com Kettle que a gestão da economia através de políticas orçamentais e do envolvimento governamental perdeu a sua atratividade depois de 1970 [206]. A Recessão dita Subprime de 2008, no entanto, testemunha que a despesa financiada pelo défice como instrumento para reanimar a economia não está certamente morto. O Programa de Alívio de Ativos Turbulentos, (Troubled Asset Relief Program-TARP) a aquisição federal das instituições hipotecárias Fanny Mae e Freddie Mac, e mesmo a nacionalização temporária da General Motors, mostraram quão grande era a tentação e a pressão sobre o governo federal, numa época de crise, de gastar centenas de milhares de milhões para salvar a economia.

Além disso, em 2008, o FOMC tornou a estabilidade de preços e o pleno emprego parte das suas diretivas políticas. Eccles ter-se-ia regozijado. Ele não tinha conseguido inserir este objetivo na Lei Bancária de 1935. No entanto, através da Lei do Emprego Justo de 1946, o Congresso tornou obrigatório que o governo federal procurasse o máximo emprego e produção e maximizasse o poder de compra. Mais explicitamente em 1978, o Congresso aprovou a Lei do Pleno Emprego e Crescimento Equilibrado, e isso tornou a estabilidade de preços e o pleno emprego um objetivo económico nacional [207]. A Reserva Federal tinha, de facto, após 1946, um duplo mandato, mas reconheceu-o somente de forma plena na crise de 2008. Tem não só de controlar a inflação, mas também de manter o pleno emprego. Este “entendimento keynesiano por excelência… foi um dos aspetos mais revolucionários das transformações institucionais da década de 1930 [208]“.

As medidas tomadas para combater a crise dita de subprime de 2008 e o reconhecimento formal do seu duplo mandato em 2008 pelo Sistema tornam claro que uma política económica sem ter em consideração “Keynes” já não é possível. Este é o lado keynesiano do legado do Eccles. Confirmando isto em Maio de 2014, o Senador Orrin Hatch de Utah apresentou ao público uma estátua de Marriner Eccles, afirmando que “talvez ninguém do Utah tenha contribuído mais para o sucesso económico da nossa Nação num momento tão crítico [209]“. Ele fez isto no mesmo edifício em Washington D.C. que, 70 anos após o Presidente Wilson ter assinado a Lei da Reserva Federal, foi renomeado em 1983 em honra de Eccles, como Edifício Marriner Eccles, pelo Conselho de Governadores do Sistema da Reserva Federal. Assim, celebrando Eccles como um dos dois presidentes que “tinham tido um grande impacto na forma como a Reserva Federal funcionava e (que) encarnaram o seu espírito”, o Sistema da Reserva Federal confirmou o outro lado do legado de Eccles [210]. O seu significado ficava agora esculpido em pedra e fundido em bronze, selando que Marriner S. Eccles era “um exemplo do melhor que este país alguma vez poderia produzir [211]“.

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Notas

[194] Eccles and Hyman, Beckoning Frontiers, 450-453

[195] Sandra J. Weldin, A.P.Giannini. Marriner Stoddard Eccles and the Changing Landscape of American Banking, Ph.D. Dissertation, University of North Texas, 2000, 191-192.

[196] Eccles e Hyman, Beckoning Frontiers, 398

[197] Hyman, Marriner S. Eccles, 341-351. Uma muito boa discussão sobre esta luta entre o Tesouro e o Sistema do Federal reserve encontra-se em:  Stein, The Fiscal Revolution, 241-280.

[198] Allan Sproul, President of the Reserve Bank of New York from 1941 to 1956 coined this term in 1948. Meltzer, a History of the Federal Reserve, 738-739.

[199] David F. Kettl, Leadership at the FED. New Haven: Yale University, 1986, 3-4,193-195. A observação de Kettle sobre as expectativas dos eleitores faz lembrar Bill Clinton com a sua expressão de “é a economia, estúpido”.

[200] Shull, The Fourth Branch, 8-9.

[201] Ibid., 3-4.

[202] Greider, Secrets of the Temple, 65.

[203] Shull, The Fourth Branch 180.

[204] Greider, Secrets of the Temple, 242.

[205] Stein, The Fiscal Revolution, 457-468.

[206] Jeffry A. Frieden, Global Capitalism, its Fall and Rise in the Twentieth Century. New York: W.W. Norton, 2006, 400-401.

[207] Daniel L. Thornton, “The Dual Mandate: Has the FED Changed its Objective?” Federal Bank of St. Louis Review (March/April 2012), 117.

[208] Esteban Perez Caldentey and Matias Vernengo, “Heterodox Central Bankers: Eccles, Prebish and Financial Reform.” Working Paper 2012-04, University of Utah, Department of Economics, 2012, 17.

[209] Orrin Hatch, “Recognizing Marriner S. Eccles” Congressional Record, May 7, 2014.

[210] Greider, Secrets of the Temple, 65.

[211] Hughes, The Vital Few, 557.

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