UMA CARTA DO PORTO – POESIA – Por José Fernando Magalhães (478)

 

 

UMA, DUAS VEZES, E TRÊS

 

 

Por ti porfio

E estou carente.

Olha como me falas,

Tem tento!

Eu sei que não te ralas

Sei que hoje é a minha vez

E que tu não tens tempo

Mas,

As tuas palavras têm cio

Entram em mim

Ficam cá dentro

E são um desafio

À minha sensatez.

Perco-me em ti e em mim

Esqueço o não, e sem lamento

Toco o corpo que porfio

Entrando na tua nudez

Onde só me apetece dizer sim,

Um sim comprido e lento

Como o delta de um rio,

Uma, duas vezes, e três

 

OBS – este poema foi publicado no meu livro “UMA, DUAS VEZES E TRÊS”, em Julho de 2012

 

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