RETRATOS, IMAGENS, SÍNTESE DOS EFEITOS DA CRISE DA ZONA EURO SOBRE CADA PAÍS

Selecção, tradução, adaptação e montagem por Júlio Marques Mota

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=683
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A austeridade afecta a competitividade do Sul da Europa

31 mai 2013

By admin

People march during a protest against government austerity measures in Madrid Uma manifestação contra a austeridade em Madrid no mês de Março passado. Crédits photo : © Sergio Perez / Reuters/REUTERS

Computação gráfica – A Itália, Espanha ou mesmo Portugal que estão a aplicar  reformas drásticas, regridem  na   classificação dos países mais competitivos do mundo. Inversamente,  os Estados Unidos recuperam o seu lugar como número um. A França está em 28º lugar.

“As reformas estruturais são inevitáveis, mas o crescimento continua a ser um pré-requisito para a competitividade”. A mensagem é emitida pelo Instituto suíço de gestão IMD, que acaba de publicar o seu ranking dos 60 países mais competitivos do mundo. A escola de Lausanne arrasa neste seu estudo “a forte  intensidade das medidas de austeridade” realizadas  nesta  “zona do euro que estagna.

Balanço:  a Itália perdeu quatro lugares no ranking no intervalo de  um ano e estabelecer-se agora em  44º lugar em 2013. Esta é  seguida pela Espanha que cai seis lugares  (45) e de  Portugal que abandona cinco lugares  (46). A França laboriosamente procura um bom lugar e ocupa o 28. Como no ano últimt, esses países estão  “fortemente penalizados pelos  programas de austeridade que atrasam o regresso ao  crescimento e colocam a grande  questão do calendário das reformas propostas”, assinala o estudo.

Desde 1997, data à qual  o IMD oferece uma classificação incluindo ambas as economias avançadas e a dos países  emergentes, esses países perderam muito terreno. Eles agora estão na categoria dos  “perdedores”. A observação é grave para o Reino Unido e para a França “que estão em vias de perder a sua posição dominante e a sua competitividade forte”. Os países do Sul da Europa são acusados de não  terem  ” realizado  uma suficiente diversificação  na sua indústria e de não terem controlado  as suas despesas públicas”.

 austeridade - II

http://www.lefigaro.fr/conjoncture/2013/05/30/20002-20130530ARTFIG00467-l-austerite-affecte-la-competitivite-de-l-europe-du-sud.php

 Portugal: a austeridade para com tudo e contra tudo 

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Par Anne Cheyvialle

Mis à jour le 15/05/2013 à 07:43

Publicado  em 14/05/2013 às 19:51
 -Pedro Passos Coelho, primeiro ministro. Crédits photo: ERIC PIERMONT/AFP

Le premier ministre portugais a reçu un satisfecit total de l’OCDE.

O primeiro-ministro português recebeu nota máxima dada pela  OCDE.

O primeiro-ministro português obteve um cheque em branco  da OCDE sobre a sua política de austeridade e as suas reformas realizadas para sair duma recessão possivelmente a mais grave da sua história enquanto o país está a ser colocado desde Maio de  2011 sob a  assistência financeira. O secretário geral, Angel Gurría, que entregou um relatório sobre a reforma do Estado, nesta terça-feira, a Pedro Passos Coelho  felicitou-o pelas  “decisões corajosas” e pelo  “progresso decisivo ” em matéria orçamental que suscitam a sua   ‘admiração’.  Como prova, respondeu-lhe  o primeiro-ministro, ‘ conseguimos levar  o  nosso défice estrutural (com exclusão dos efeitos cíclicos) de 6% em 2010 para um excedente de 0,2% em  2012.

Lisboa anunciou no início de Maio de novas medidas de austeridade – passagem para a reforma prolongado , redução dos efectivos na função pública – para compensar a recente  não aprovação de várias  medidas pelo o Conselho Constitucional  das propostas pelo  Governo. Mesmo se a poção fica muito amarga para a população, que enfrenta uma nova recessão este ano com uma queda no PIB de 2,3% e um desemprego recorde de 17,7%, Lisboa mantém o objectivo de reduzir o seu défice público para 5,5% do PIB em 2013 e de 4% ano que vem.

Uma abordagem a que a OCDE apoia, no entanto, cada vez mais crítica sobre os efeitos perversos da austeridade na Europa. « Portugal fez o que precisava de ser feito, não porque a Troika ou a OCDE o desejavam, mas por necessidade, insistiu Angel Gurría, face à pressão dos mercados, das  agências de rating e de vulnerabilidades anteriores» Enquanto isso, o líder conservador português tentou minimizar o impacto social das suas medidas de austeridade e de economia, centradas num  sector público “sobre-dimensionado”, argumentando que elas se baseiam no  ” maior consenso possível. ” E especialmente as reformas são feitas para tornar a economia mais competitiva, inclusive nos mercados de trabalho, dos produtos e dos serviços, e estas reformas estão a começar  a dar frutos. Disto é testemunho o crescimento das exportações, que são cada vez mais diversificadas e representam 40% do PIB até 2013 em comparação com  28% em 2009.

Défice de competitividade

Apesar destes avanços, diz a OCDE, há ainda muita coisa a fazer antes de se renovar   com o crescimento sustentável,  tendo que se atacar  os três pontos fracos do país: défice de competitividade, as desigualdades mais fortes na Europa e a falta de eficiência do Estado e  das instituições públicas. As reformas  estruturais iniciadas desde há  cinco anos podem  resultar num  aumento de 3,5% do potencial de crescimento até 2020, avaliam os autores do relatório.

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