RETRATOS, IMAGENS, SÍNTESE DOS EFEITOS DA CRISE DA ZONA EURO SOBRE CADA PAÍS

Saltam as rolhas do caro champagne em Lisboa porque a crise acabou, disparam-se os primeiros tiros de bazuca a partir dos mercados financeiros porque a crise se intensificou

Júlio Marques Mota

PARTE VIII
(CONTINUAÇÃO)

  Concepção errada nº 2: As exportações podem salvar Portugal (continuação)

Portugal não recuperou a sua competitividade

• Portugal só tem apresentado pequenas melhorias nos custos unitários de mão-de-obra, significativamente menos do que seus pares submetidos a um programa de austeridade na Europa e igualmente com taxas de câmbio nominais rígidas.

Figura XXIII

bazuca - XXVII

Concepção errada nº 2:  As exportações podem salvar Portugal (ainda em continuação)

Um crescimento demográfico lento por destinos

• 70% das exportações de Portugal são destinadas à União Europeia

• O comércio externo da União Europeia têm crescido mais lentamente que o comércio mundial.

Figura XXIV – Colapso das exportações

bazuca - XXVIII

Figura XXV – Crescimento de produtos de baixo valor acrescentado

 bazuca - XXIX

Aqui, e já nos referimos a isso, este gráfico merecia largos desenvolvimentos. Este gráfico, e seria até bom, vê-lo país a país, mostra de facto a falência do modelo neoliberal, até no que diz respeito ao comércio externo. Com uma globalização selvagem, seria necessário reforçar a pauta comum e não a sua eliminação. Seria necessário primeiramente aprofundar o mercado único e depois sim. Nada disto é referido no texto de Tortus Capital. Naturalmente, porque ele se refere a uma Europa dos mercados financeiros e nós referimo-nos a uma Europa dos cidadãos. Isso seria a perspectiva de uma outra Europa, de Maurice Allais[1], por exemplo, mas nunca a Europa de Durão Barroso e do seu bando dos quatro: Olli Rehn, (Vice-Presidente da Comissão Europeia), Mario Draghi, (Presidente do BCE), Philippe Maystadt, (Presidente do BEI) e Jens Weidmann (Presidente do Bundesbank), assessorados por um incompetente “valete” que assume as funções de Presidente do Eurogrupo.

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[1] Sobre esta temática veja-se, por exemplo, (de Júlio Mota, Luís Peres e Margarida Antunes),: “Portuguese Economic Growth at the Crossroads of the Euro and Globalization”.

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Para ler a Parte VII deste texto de Júlio Marques Mota, publicada ontem em A Viagem dos Argonautas, vá a:

RETRATOS, IMAGENS, SÍNTESE DOS EFEITOS DA CRISE DA ZONA EURO SOBRE CADA PAÍS

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