UM PONTO DE VISTA DA DIREITA INGLESA – LEMBREM-SE, LEMBREM-SE, O DIA 3 DE NOVEMBRO… PÓLVORA, TRAIÇÃO E CONSPIRAÇÃO…, por VICTOR HILL

 

Remember, remember, the third of November… Gunpowder, treason and plot…, por Victor Hill

Masterinvestor, 30 de Outubro de 2020

Selecção e tradução de Júlio Marques Mota

 

O texto que abaixo editamos reflete um ponto de vista da direita inglesa sobre as eleições presidenciais que decorrem nos EUA. No final do texto deixamos algumas observações críticas da autoria do nosso argonauta Júlio Marques Mota.

 

Pix_Arena / Shutterstock.com

Joe Biden emergirá como Presidente eleito dos EUA na próxima semana – a menos que haja uma perturbação, o que é cerca de 20% possível. Mas uma presidência Biden será assolada desde o Dia 1 por dúvidas sobre quanto tempo irá durar. Isso vai assustar os mercados, escreve Victor Hill.

 

Sondagens à parte

Se acreditarmos nas sondagens de opinião,  Biden irá certamente ganhar a presidência na próxima terça-feira e a 20 de Janeiro de 2021 tornar-se-á o 46º Presidente dos Estados Unidos (POTUS). Exceto que o resultado final das eleições não será provavelmente fixado no mármore na quarta-feira de manhã – e pode ainda não estar claro nem mesmo uma semana depois. Isto deve-se à votação por correspondência – o que expliquei aqui recentemente. Enquanto escrevo, quase 60 milhões de americanos já votaram ou por correio ou pessoalmente – incluindo o Presidente Trump (em West Palm Beach) que já não é um nova-iorquino, ao que parece, mas um cidadão  da Flórida. .

Tem havido muita especulação sobre um resultado inconclusivo – e sobre a recusa de  Trump em entregar  as chaves da Casa Branca, mesmo que perca. Na minha opinião, isto é propaganda democrática. O sublime do sistema de colégio eleitoral, utilizado para a eleição de um presidente dos EUA desde os primeiros dias da República, é que tende a produzir um resultado decisivo – com as vozes dos estados mais pequenos ouvidas tão altas quanto as  dos grandes estados.

O perigo muito maior para a América e seus aliados é que, mesmo antes da sua tomada de posse,  Biden possa ser considerado como um pato coxo. Convencionalmente, é o presidente cessante que é considerado como um pato coxo entre o dia das eleições e o dia da  tomada de posse. Mas, desta vez, seria o presidente agora eleito e antes de assumir o cargo.  A questão será: quanto tempo pode ele durar?

Não há nada de errado com a maturidade. E aos 77 anos não se deve ser considerado velho hoje em dia, quando o meu chefe, Jim Mellon, planeia viver até aos 120 – e alguns dos seus investidores estão a apontar para 150 anos de vida. Mas este aos 77 anos (78 no dia da tomada de posse) está sem dúvida a mostrar sinais de senilidade, mesmo que isso seja perdoável. Na segunda-feira, o Presidente Trump troçou de  Biden por este lhe ter chamado George.

Continuo a ser daqueles que assumem  maturidade como equivalente a  experiência, mesmo que TS Eliot nos tenha avisado sobre ambas:

Do not let me hear
Of the wisdom of old men, but rather of their folly,
Their fear of fear and frenzy, their fear of possession,
Of belonging to another, or to others, or to God.[i]
(Não me deixem ouvir
Da sabedoria dos homens velhos, mas sobretudo da sua loucura,
O seu medo do medo e do frenesim, o seu medo da posse,
De pertencer a outro, ou a outros, ou a Deus[i].)

 

Joe Biden é certamente experimentado, tendo ocupado  cargos eleitorais quase continuamente desde que tomou posse como Senador dos Estados Unidos em Janeiro de 1973, quando Richard Milhouse Nixon era o POTUS e Ted Heath o primeiro-ministro do Reino Unido. Aos trinta anos de idade foi um dos mais jovens senadores americanos da história.

Mas a sua é a experiência de outra época. Quando fala é como se estivesse fora da história sem referências às questões abrangentes do nosso tempo: a ascendência da tecnologia, que acelerou as disparidades de rendimento e riqueza; os desafios geopolíticos colocados pelas alterações climáticas, tais como a imigração em massa (esses barcos continuam a vir exatamente quando se para com o  Muro); a ascensão inexorável da China. Finalmente ganhou numa corrida altamente disputada de candidatos Democratas (alguns dos quais, como Pete Buttigieg – Mayor Pete – eram verdadeiramente originais) precisamente porque o aparelho do Partido Democrata e aqueles que representam querem apertar o botão de pausa na história mundial. Stop the Earth – I want to get off..

Um dia, assim acredito, Donald Trump, será considerado como estando à frente do seu tempo – um visionário. Claro, ele é grosseiro, narcisista e insensível. Ele pode ser rude, sem graciosidade e com uma mente minúscula. Ele não é certamente um intelectual. (É espantoso como as pessoas podem ser bem sucedidas sem ler um único livro nas suas vidas). E ele pode nem sequer ser um homem de negócios bem sucedido. No entanto, a história julgará que ele  tinha bem apanhado o espírito da época. Ele compreendeu intuitivamente como a elite financeira e a política internacional tinha abraçado uma nova religião secreta, a  da globalização, que era totalmente contrária aos interesses do comum dos  cidadãos  americanos, a Main Street do povo americano por contraponto à Wall Street do mundo  financeiro.

Martin Sandhu, o jornalista do Financial Times e autor de The Economics of Belonging, lamenta as consequências da desindustrialização, o declínio das comunidades tradicionais, a perda de postos de trabalho na  produção local. Mas os fatores culturais, na sua opinião, são irrelevantes. E isto, apesar de ser evidente que a imigração em massa e a deslocalização de empregos tem um enorme impacto cultural nas comunidades locais. E abomina a ascensão do nacionalismo económico – a política de que as nações devem dar prioridade aos seus próprios interesses económicos (como no MAGA (Make America Great Again) e Brexit). Embora isso seja corrente dominante na Ásia – na verdade é o ponto relevante na China. De acordo com o economista americano David Autor, a China tinha tirado cerca de 4,7 milhões de postos de trabalho da indústria transformadora americana até 2016. Os globalistas simplesmente não conseguem compreender que a globalização pode prejudicar porque para eles esta tornou-se uma religião predominante. Uma religião que Trump  terá sido o primeiro a pôr em questão.

O que quer que pense sobre ele, Trump é um preternatural  moderno. Ele é mesmo mais do que um apresentador de reality shows: ele é a encarnação do que os futuristas italianos teriam descrito como um homem do destino. Gabriele D’Annunzio tê-lo-ia elogiado: e é exatamente esse o meu ponto de vista. D’Annunzio era um nacionalista, embora nunca tenha aderido ao partido de Mussolini. É tão fácil etiquetar as pessoas como fascistas de hoje em dia, quando são na realidade conservadores antiquados.

Assim que Biden assumir o poder (mesmo que apenas em termos nominais), qualquer pessoa que discorde da agenda da sua administração será rotulada de fascista. Mas isso é apenas  metade da questão.  Biden foi claramente criado pela esquerda, o partido democrata. Não é teoria da conspiração imaginar que Biden é um cavalo de Tróia.

Este é o medo. Ele será conduzido para Washington com fanfarra; depois, à noite, o cavalo irá desembarcar a administração mais esquerdista da história americana. Os progressistas e os vigilantes serão alimentados; mas aqueles que favorecem o funcionamento dos mercados livres serão cada vez mais amordaçados. Em breve sucumbirá – talvez dentro de dois anos – e a sua enérgica vice-presidente assumirá o poder e irá virar  permanentemente a América para a esquerda…

Se  Biden ganhar  o Texas na próxima quarta-feira de manhã, como parece provável, então tudo terá acabado para Trump – e o Partido Republicano entrará num período de intensa reflexão, especialmente se também perder o Senado. A corrida na importantíssima Florida parece estar no fio da navalha. Mas ainda é possível que Trump possa ganhar o Arizona, a Carolina do Sul e os principais estados da Pennsylvania, Michigan e Wisconsin. Nesse caso, ele poderia surpreender-nos a todos – mais uma vez.

O que os mercados fazem dele

As eleições americanas têm como pano de fundo o preocupante fluxo de notícias sobre o avanço do coronavírus através do Ocidente – América do Norte, Europa e grande parte da América Latina, tendo esta última sido devastada pelo vírus. A América perdeu quase 235.000 cidadãos devido à peste e, enquanto escrevo, outros 17.000 estão in extremis.  Os casos de Covid-19  nos Estados Unidos  aumentaram numa média diária recorde de 71.832 durante a última semana, segundo a Universidade Johns Hopkins.

O DJIA, S&P 500 e Nasdaq Composite caíram todos mais de 3 por cento na quarta-feira. Essas perdas apagaram os ganhos mensais anteriores. Foi também o maior declínio diário para o Dow desde Junho. Mas na quinta-feira os mercados dos EUA recuperaram à medida que os dados confirmaram que a economia dos EUA cresceu com uma taxa forte no terceiro trimestre de 2020 – por outras palavras, a economia dos EUA recuperou mais ou menos todas as perdas sofridas devido à pandemia nos dois primeiros trimestres. A grande questão é como se comportará a economia no quarto trimestre, dada a segunda vaga da pandemia.

A visão deste lado do lago

As consequências de uma vitória de Biden serão profundas no Reino Unido – mesmo que  Biden nos ignore em grande parte. Irá desencadear um momento de retrospeção sobre o fatídico ano de 2016 – o ano de Brexit e de Trump. Uma vitória de Biden, para muitos, assinalará um regresso à normalidade – aos bons velhos tempos de Obama e Blair antes The Fall [1]-A queda. Para alguns,  2016 vai tornar-se uma nota de rodapé risível – 2016 And All That[2].

E essa retrospeção coincidirá com uma reavaliação do voto Brexit que, por sua vez, ocorrerá contra o pano de fundo do resultado do jogo final Brexit,  de haver acordo ou da falta dele. Quatro anos e meio após o referendo é agora impossível que o resultado final de Brexit agrade a todos, e muito pouco provável que agrade a uma maioria. Se não houver acordo, haverá uma opinião crescente de que ainda temos de conseguir um acordo – e que só os Trabalhistas podem fazer com que isso aconteça. (O  atual brouhaha sobre o antisemitismo no Partido Trabalhista dissipar-se-á rapidamente, como sempre acontece). Se houver um acordo que seja percetivelmente inferior ao acordo comercial UE-Canadá, então os extremistas do Brexit acusarão o Sr. Johnson de se vender – e os defensores do voltar atrás, à UE, os  Rejoiners,  argumentarão que estar fora da UE  é muito menos vantajoso do que estar dentro.

Olhando para trás, penso agora que o voto Brexit não foi realmente sobre a adesão a um bloco comercial supranacional – ainda menos sobre a adesão a um estado federal incipiente… Foi muito mais um referendo sobre a legitimidade da elite governante – o Novo Partido Trabalhista de  Blair tinha-se transformado, sob o comando de Cameron, num conservadorismo sensível. Lord Mandelson queria esfregar os nossos narizes na diversidade enquanto Teresa  May abominava o Partido Mau. O Conservadorismo foi minado  por todos os lados.

Na medida em que a votação do Brexit sempre foi sobre imigração, eu prefiro sentir a falta do meu canalizador polaco  e preferiria muito mais que os europeus orientais chegassem por Gatwick do que como  supostos refugiados chegando em Kent de bote – um problema que só será resolvido em última instância pela cooperação com a França. (Assim como, a propósito, a derrota do terrorismo islâmico só será alcançada em colaboração com nossos vizinhos franceses.) Onde moro em Norfolk, os campos ainda são cultivados e as colheitas feitas por trabalhadores romenos e búlgaros. Existem lojas portuguesas em locais como Brandon, Thetford e Swaffham. Eu não tenho, e nunca tive, qualquer desejo que essas pessoas trabalhadoras deixem o Reino Unido.

E  Biden com certeza irá jogar  a carta irlandesa. Qualquer tentativa de Johnson de invocar a Lei do Mercado Interno será condenada por Washington como uma ameaça ao processo de paz da Irlanda do Norte – na verdade, uma destruição do Acordo da Sexta-feira Santa. Haverá condenações apaixonadas dos britânicos no Congresso. Podemos argumentar tanto quanto quisermos que o Acordo de Belfast prometeu a ambas as comunidades que o status da província não mudaria sem o consentimento de todos – e que a imposição de tarifas sobre mercadorias comercializadas entre a Irlanda do Norte e a Grã-Bretanha constituiria uma mudança de status. Mas um governo Biden não se envolverá com tais sutilezas. Já fomos informados de que não haverá acordo comercial EUA-Reino Unido se houver qualquer semelhança com uma fronteira entre a Irlanda do Norte e a República.

Não que, na minha opinião, um acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido fosse alguma vez acontecer. As questões em torno das normas agrícolas e do bem-estar animal são simplesmente demasiado intratáveis. É impossível que um governo britânico possa aceitar carne de vaca americana enriquecida com esteroides, frango com cloro do Tio Sam ou soja geneticamente modificada sem um enorme retrocesso político. E não há maneira dos americanos concordarem com um acordo a menos que os seus agricultores tenham acesso sem restrições ao mercado alimentar do Reino Unido. O lobby das aves de capoeira é um dos mais bem financiados e mais poderosos do Capitólio.

Por outro lado, um resultado benigno de uma presidência Biden do ponto de vista britânico é que  Biden e a sua equipa comercial (será fascinante ver quem nomeia como Secretário do Comércio) poderão conduzir os EUA de volta à Parceria Comercial do Pacífico – agora conhecida como CPTPP[3]. Se a Grã-Bretanha pudesse então juntar-se a isto – como o Japão está interessado em que façamos – isso evitaria completamente a necessidade de um acordo comercial bilateral EUA-Reino Unido. Seria também uma plataforma sobre a qual construir laços económicos mais estreitos com os três outros países de língua inglesa que já são membros – Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Boris  Johnson, desde que se tornou primeiro-ministro, nem sequer fez uma visita a Washington para se encontrar com Donald Trump, que costumava dizer, repetidamente, que Boris Johnson é um dos meus amigos. Não espere que ele faça  uma visita antecipada à Casa Branca de  Biden, como fez  Theresa May com  Trump. Boris Johnson enfrenta um Inverno de descontentamento – e é pouco provável que receba um postal de Natal de Washington.

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O guru do investimento Doug Casey tem razão quando  escreveu recentemente que as ameaças reais às pessoas que possuem bens não são de todo económicas – mas sim  políticas. O ritmo do avanço tecnológico garantirá, sendo tudo igual, que os padrões de vida continuarão a subir, a crise climática será evitada (como explicarei na próxima semana), os resultados dos cuidados de saúde serão melhorados  e os nossos filhos viverão vidas longas, saudáveis e prósperas graças à aplicação judiciosa da tecnologia aplicada pela economia de mercado. Será assim desde que os políticos socialistas não tomem o poder.

Mas eles estão em marcha. E vão criar divisão. E eles querem e precisam dos seus bens – justamente, ou não. Doug pensa que a guerra civil na América é bastante possível , enquanto a China ficará sentada a contar as suas galinhas. Não tenho a certeza se concordo com isso. O que eu acredito é que Donald Trump é o resultado menos mau em 2020 – mas  a resposta desajeitada e nada honrosa do governo federal à pandemia do coronavírus  tê-lo-á afundado.

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[i] TS Eliot, The Four Quartets, East Coker (1940).

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[1] Referência a uma série  policial da televisão irlandesa onde um dos personagens, Paul Spector, ((Jamie Dornan) é um bom chefe de família dedicado à psicologia e à noite é um serial killer.

[2] Referência a Harry Mount do jornal The Telegraph que considera 2016 uma data a recordar, ano de Brexit e da subida de Trump a poder.

[3] Comprehensive and Progressive Agreement for Trans-Pacific Partnership (CPTPP), é também conhecido como TPP11 or TPP-11  e é um acordo comercial entre Australia, Brunei, Canada, Chile, Japão, Malásia,  Mexico, Nova Zelândia,  Peru, Singapura e Vietname.

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Observações sumárias de Júlio Marques Mota em relação a este texto de Victor Hill:

 

Um texto que vale a pena ler por ser bom exemplo de como pensa a direita culta europeia quando considera que os seus interesses de classe podem estar em jogo.

  1. “(É espantoso como as pessoas podem ser bem sucedidas sem ler um único livro nas suas vidas)”. V.H. nem coloca qualquer interrogação sobre esta frase. Zero!

Mas ao contrário de Victor Hill eu diria: É espantoso que alguém como Victor Hill que carrega montanhas de livros no seu quadro mental possa dizer coisas como esta:

“O que quer que pense sobre ele, Trump é um preternatural moderno. Ele é mesmo mais do que um apresentador de reality shows: ele é a encarnação do que os futuristas italianos teriam descrito como um homem do destino.”

O homem que é a mais forte expressão da decadência do Ocidente e do império americano, um homem disposto a tudo, a todas as violências possíveis e imagináveis para conservar o poder, é um afinal, segundo Victor Hill, um homem predestinado a assumir a grandeza da América!

  1. Conhecemos a raiva que Victor Hill tem para tudo o que lhe cheire a esquerda. Basta ver o que que escreve a propósito de Jeremy Corbyn, mas não imaginávamos que escrevesse algo como isto:

“Assim que Biden assumir o poder (mesmo que apenas em termos nominais), qualquer pessoa que discorde da agenda da sua administração será rotulada de fascista. Mas isso é apenas metade da questão. Biden foi claramente criado pela esquerda, o partido democrata. Não é teoria da conspiração imaginar que Biden é um cavalo de Troia.

Este é o medo. Ele será conduzido para Washington com fanfarra; depois, à noite, o cavalo irá desembarcar a administração mais esquerdista da história americana. Os progressistas e os vigilantes serão alimentados; mas aqueles que favorecem o funcionamento dos mercados livres serão cada vez mais amordaçados.”

Inimaginável que isto seja escrito por um homem de cultura como é o caso de Victor Hill.

  1. De resto, Victor Hill está bem acompanhado pelo guru duma certa direita americana, Doug Casey, que ele cita, cujo texto recente por nós publicado em A Viagem dos Argonautas merece a mesma atenção que o de Victor Hill, porque esse texto é uma clara expressão do que pensa uma certa direita americana que devemos considerar como uma direita esclarecida.

Mas há aqui duas meias verdades assumidas pelos dois  analistas de mercados quando se admite “que as ameaças reais às pessoas que possuem bens não são de todo económicas – mas sim  políticas”. Meia verdade porque em economia Trump e Biden são expressões dos mesmos interesses de classe verbalizados de forma diferente (sobre a convergência dos dois candidatos em termos de política económica sugiro a leitura do texto de Mathtew C. Klein intitulado “O sonho americano: Fazer com que as fábricas voltem para os Estados Unidos” a publicar proximamente neste blog), meia verdade porque do ponto de vista político a direita caciqueira poderá abandonar o poder.

A conclusão a que devo chegar é que a direita face aos seus interesses de classe dirá ou fará como se desejasse no seu íntimo a morte da cultura e nesse mesmo interesse se expresse considerando que homens sem moral e sem nenhum sentido da Democracia como Trump sejam homens considerados predestinados.

1 Comment

  1. Eh pá, este Victor Hill, o Trump um “preternatural moderno”. O gajo é um ganda humorista. O grande legado dele vai ser (e o Victor nem toca no assunto…. porque será?) será um Supremo Tribunal maioritariamente rendido às suas patacoadas. E como os juízes são vitalícios…..

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