UMA CARTA DO PORTO – Por José Magalhães (113)

carta-do-porto

FALL IN OPORTO WITH LOVE

LOVE WITH OPORTO IN FALL
FALL IN LOVE WITH OPORTO

FALL IN OPORTO WITH LOVE
(OUTONO NO PORTO COM AMOR / CAI NO PORTO COM AMOR)
Não, não é minha a frase e o respectivo trocadilho. É do “nosso”(1) Professor Hélder Pacheco, encontradas na sua última crónica de Sábado (5/12), no JN, que todas as semanas leio, religiosamente.
Ao ler a crónica encontrei os meus sentimentos e as minhas palavras, nunca antes tão bem ditas.
“O Porto, no Outono, pertence a outro mundo”, escrito a meio da crónica do Professor, resume-me quase tudo!

O Outono, já o tenho dito, é a minha estação preferida. Tudo é diferente, tudo é mais bonito, tudo nos sabe melhor.
Ano a ano, à chegada do Outono, no Porto, encontro novos cheiros lembrando os de antanho, a luz suave e coada, a neblina leve e quase imperceptível, as irresistíveis tardes morrendo cedo, as manhãs brumosas nascendo das noites compridas e tranquilas, as cores quentes e românticas das folhas das inúmeras árvores que a cada passo encontramos, o “charme” e o “glamour” em cada esquina histórica da cidade, as iluminações fantasiosas que nos chegam no início de Dezembro anunciando o Natal e a fascinante nostalgia dos tempos da minha infância.
E, com a aproximação do Natal, chega a festa e o tempo de se ser bom. É tempo de pensar nos outros, de oferecer lembranças e de dar abraços que cheirem a autenticidade. É tempo de perdoar e de aceitar as diferenças. É tempo de se pensar que se pode ser feliz, dando. É tempo de dar felicidade, pensando nos outros, antes de pensarmos em nós.

PORTO - Árvore de Natal 2015
PORTO – Árvore de Natal 2015

Tudo culmina no Dia da Confraternização Universal, Dia do Amor, da Paz, da Felicidade e dos Sonhos. É assim até ao dia de Natal. “Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade. Glória a Deus nas Alturas”.
E mesmo que, na verdade, nada seja exactamente desta maneira, e que os bons pensamentos se acabem com a chegada do Ano Novo, é bom pensar que tudo possa ser tendencialmente dessa forma.
Depois, voltamos ao rame-rame da vida quotidiana.
E sobra-nos a nossa cidade, que ali se manteve à nossa espera com a sua serena beleza. Sobra-nos o Porto belo, romântico e acolhedor, que nos abraça e faz esquecer o desencanto do fim de festa.

(1) – “Nosso”, enquanto do Porto, dos Portuenses, dos Tripeiros, dos que amamos a nossa cidade.

Zona do Fluvial
Zona do Fluvial
Parque de Lordelo
Parque de Lordelo
Parque do Covêlo
Parque do Covêlo
Rotunda da Boavista
Rotunda da Boavista
Praça de Liége
Praça de Liége

 

O RIO DA VILA

 

5 Comments

  1. O texto é lindo e as fotos, magníficas.
    O nosso outono, no Brasil, não é tão bonito assim. Mas temos uma luz, sobretudo uma luz clara e limpa, uma doçura no ar e as tardes leves.
    Obrigada José Magalhães, por toda essa beleza que nos chega do Porto e de Portugal.
    abraço da
    Rachel Gutiérrez

Leave a Reply to Mário Augusto H. Fleming OliveiraCancel reply