IMAGEM E POESIA – Por José Magalhães (65)

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SOU UM BARCO COM VELAS

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Sou um barco com velas

Que no mar agitado do meu pensamento

Entre o desejo da partida

E a delonga da chegada

Nunca mais chega.

Não anda sem ti

Que és água e vento

e sol e estrelas.

És tu quem me tiras do desalento

E com passo lento

Quase imperceptível

Me guias

Pelos bons caminhos

Aplainados e sem remoinhos

Da sabedoria e do crescimento

Contigo

Enfuno as velas

Contorno descaminhos

Galgo as ondas do mar imigo

E esqueço o meu lamento.

Fico mais forte

Dispenso sentinelas

Olho o destino que persigo

E preparo a alegria da chegada

De uma viagem de que ninguém sabe

As lutas para vencer a sorte

E os sonhos, olhando as estrelas

Para enganar a morte.

 

 

 

3 Comments

  1. Caro José Magalhães,
    ofereço às tuas velas a minha

    Penélope
    Não teço a espera, o meu tapete/ é aquele mágico entre nuvens/ que leva o longe, conduz sonhos/ e inventa o vento e a nova vida.
    Contudo é densa a escura noite/ em que não ter-te é não crescer/ e é viver menos sem morrer/pois que és de mim outro começo/ sou tua fronteira e tu não sabes.
    E enquanto teces teu tapete/ de aventuras sem me ver,/ sou Odisseia, eu também./ – Eu sou Viagem!
    E é em alto mar que as tuas ondas/ – Velas ao vento! -/ as minhas ondas vão tocar.

    abraço da
    Rachel

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