IMAGEM E POESIA – Por José Magalhães (100)

O MAR DA FOZ

 

Ondas enormes batem no farol.

Sentado na esplanada

Do castelo da Foz

Olho o mar

Por entre camadas de sol

E de nuvens de água feita em nada.

Ouço das ondas a voz

Que se espalha pelo ar

Em tons de dó e si bemol

Como se fosse bordada

Pelo vento que corre, veloz

Pelo meio da paisagem singular.

Da água branca feita lençol

Espalhada pelo ar em orvalhada

Após o bater da onda feroz

Na pedra dura do quebra-mar,

Sobra a humidade mole

E mais pouco ou nada,

Só das gaivotas a voz

Que me é tão familiar

 

 

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