Revista da semana
De 01/03 a 07/03/2015
Os acontecimentos divulgados pela comunicação social continuaram a dar destaque à temática das semanas anteriores ou seja, a situação Grécia/Bruxelas/UE, na Ucrânia, no Iraque, na Síria, em África, na deflacção da Zona Euro (A taxa de inflação anual da zona euro fixou-se nos -0,3% em Fevereiro, face aos -0,6% de Janeiro) e da vaga de frio que assola os EUA.
Sobre Portugal, continuaram as notícias das querelas internas do caso Sócrates, BES, PT, BPI/CaixaBank/Isabel dos Santos, BCP/Isabel dos Santos, Passos Coelho e a dívida à Segurança Social, as posições do PS, do PCP e do BE e, para animar um pouco, a informação de que os Juros da dívida de Portugal têm vindo a cair, em todos os prazos, para mínimos de sempre:
A dez anos 1,702%; a cinco anos 0,805%; a dois anos 0,151%, Em relação aos juros da Grécia, estes estavam a cair a cinco e a dez anos, para valores em torno dos 12,3% e de 9,4%, respetivamente. Como vai a Grécia poder pagar os empréstimos, com estas taxas especulativas dos abutres?
Sobre os temas pouco ou nada de significativo alterou o panorama da semana anterior. Por essa razão entendi dar destaque a artigos de opinião sobre Portugal
– A próxima fornada de políticos
Citando artigo publicado na Visão on-line de 5 de Março
“Estão todos no ativo, uns mais que outros. Num horizonte de duas legislaturas, os rostos que se seguem vão continuar nos corredores do poder. Imponderáveis, como Marinho e Pinto, são difíceis de prever.
Nos últimos anos, em Portugal, não houve grandes surpresas políticas. Alguns volte-face eleitorais, sim, mas verdadeiras lufadas de ar fresco, atores políticos inesperados e de um arrivismo fulminante… nada. Talvez Cavaco Silva, ao celebrizar o episódio da rodagem do Citroën que o pôs na senda para ser primeiro-ministro, tenha sido a última grande surpresa. Mas nem isso é consensual. “Para mim, a única grande surpresa política dos últimos 80 anos em Portugal foi o 25 de abril”, diz António Costa Pinto, politólogo e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. A continuidade é o nosso forte. Passado, presente e futuro?”
Ler mais em:
http://visao.sapo.pt/a-proxima-fornada-de-politicos=f812108#ixzz3TiN9OMSs
– Como vai ser Portugal no futuro
Artigo de Paulo Chitas publicado na Visão on-line de 6 de Março
“Não podemos adivinhar o futuro mas podemos olhar para a atualidade e tentar prever o que nos vai acontecer. Foi o que a VISÃO fez, ouvindo especialistas portugueses da área da Demografia, da Saúde, do Ensino e da Segurança Social. Aqui fica o quadro possível do que vai ser o nosso amanhã”
EDUCAÇÃO
PENSÕES
POPULAÇÃO
SAÚDE
Ler o artigo em:
http://visao.sapo.pt/como-vai-ser-portugal-no-futuro=f812307#ixzz3TiVNGxCF
OS MEUS COMENTÁRIOS
– A próxima fornada de políticos/Como vai ser Portugal no futuro
Em Set/Out deste ano haverá eleições legislativas em Portugal. Apresenta-se em seguida o último Estudo eurosondagem de 25 de Fev. de 2015:
Projecção com coligação PSD/CDS
A projecção apresenta um empate técnico da coligação com o PS. Em termos de deputados na Assembleia o PSD e CDS conseguiriam 100 mandatos e o PS ficaria com 102.
Projecção sem coligação PSD/CDS
ficha técnica: estudo de opinião efectuado pela eurosondagem s.a. para o expresso e sic, de 18 a 25 de fevereiro de 2015. entrevistas telefónicas realizadas por entrevistadores seleccionados e supervisionados. o universo é a população com 18 anos ou mais, residente em portugal continental, regiões autónomas dos açores e madeira, e habitando lares com telefone da rede fixa. a amostra foi estratificada por região norte (20%), a.m. do porto (13.2%), centro (26.3%), a.m. de lisboa (25.7%), sul (9.8%), r.a. dos açores (2.4%), e r.a. da madeira (2.6%), num total de 1515 entrevistas validadas. foram efectuadas 1948 tentativas de entrevistas e, destas, 433 (22.3%) não aceitaram colaborar nestes estudo. foram validadas 1515 entrevistas. a escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, foi o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma aleatória resultou, em termos de sexo: feminino (51.3%), masculino (48.7%); e no que concerne à faixa etária: dos 18 aos 30 anos (17.7%), dos 31 aos 59 anos (49.4%), com 60 anos ou mais (32.9%). o erro máximo da amóstra é de 2.52%, para um grau de probabilidade de 95%. um exemplar deste estudo de opinião está depositado na entidade reguladora para a comunicação social.
fontes: expresso, sic notícias
De acordo com a projecção “Sem a coligação PSD/CDS) o partido mais votado seria o PS. Em termos de mandatos a distribuição seria: 102 para o PS; 82 para o PSD e 15 para o CDS.
As sondagens valem o que valem e vão variando, com o decorrer do tempo. A guerra já começou e, conforme se pode ver no artigo publicado na Visão “A próxima fornada de políticos”, já se começam a posicionar “novos rostos” para disputarem o poder. O artigo apresenta 12 rostos (2 do CDS; 3 do PSD; 3 do PS; 2 do PCP; 1 do BE e 1 Independente), com uma breve descrição do percurso de cada um e dos seus prós e contras.
O que há de comum nos percursos dos apresentados:
Todos, ou quase todos, fizeram apenas carreira política. Os princípios da filiação partidária que escolheram sobrepõem-se à formação académica de cada um. Acima do dever cívico de representatividade dos cidadãos “povo” que os elegem, estão os interesses do partido e o interesse do próprio. Daí a expressão popular “A m…é a mesma, só mudam as moscas”.
A democracia na sua essência é sem dúvida (pelo menos na teoria) a única forma política de expressão da vontade do povo. Prefiro viver num estado mesmo apenas dito democrático, do que num Estado de ditadura imposta, seja por quem for. Veja-se toda a história dos países onde houve e ainda imperam ditaduras.
Nos finais do Séc. XX e princípio do Séc. XXI, ocorreram grandes alterações nos conceitos. Para isso contribuíram os agrupamentos de estratégia geo política financeira e económica a que deram o nome de “Globalização”, chamando a si o poder de decisão. Os cidadãos que vivem em países “democráticos” têm liberdades que as ditaduras não permitem e os Estados onde vivem dizem-se “soberanos”.
A palavra “Soberano” é bem explícita no seu significado: adj. (do latim superanu), Que ocupa o primeiro lugar, Decisivo; Que rege, que domina, Supremo, Dominador, Poderoso ou potente nos seus actos e efeitos, ……
Na realidade, os países democráticos que já eram pobres nos finais do Séc. XX são agora mais pobres e de soberania não têm nada. Como se pode exercer o direito de “Soberania” quando não se tem poder económico de sustentabilidade? Só há dois caminhos:
– Estende-se a mão e pede-se… “emprestado?” “dado?”. Se é emprestado tem de se pagar. Depois se não houver dinheiro para pagar, como é? O emprestador dita sempre as regras do jogo. Assim se entra num ciclo vicioso que faz perder a “soberania”;
– Vive-se com o que se tem. Este seria o caminho adequado de um país que, como os seus cidadãos, quer ser “soberano”. Este deveria ser o princípio cívico base em cada cidadão de ”per si”, em cada família e dos governantes do país, eleitos pelo “povo”.
Vai haver eleições, apresentam-se novos políticos. Em meu nome e dos cidadãos votantes peço que ponham de parte a demagogia eleitoralista e não prometam o que não podem cumprir.
BASTA DE TANTA MENTIRA.
O futuro de Portugal, apresentado no artigo publicado, dá conta da diminuição da população no total (menos e mais velhos); nos níveis de educação (menos e menos), com a esperança de vida a aumentar (mais de 40% dos portugueses serão reformados) e quanto aos custos com a saúde, tendo em conta o aumento da população idosa, só é possível a redução prevista da despesa face ao PIB, se o valor do PIB aumentar ou diminuir o encargo com o sistema social de saúde pública.
Para isso terão de ser implementadas reformas no sistema actual, como por exemplo alterar o plano de contribuições, passando a ser responsabilidade de cada um o sistema de saúde que deseja ou que lhe vier a ser imposto – tipo Seguro de Saúde ou semelhante.
O “desenho” do possível futuro apresentado, ou o que vier a ser na realidade, será uma consequência da decisão dos cidadãos eleitores, que devem exigir políticos (cidadãos) não corruptos, nem mentirosos.
Por fim e dado que a maioria dos cidadãos portugueses, de uma maneira ou outra, são vítimas do sistema veja o vídeo da música original oferecida à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima por ocasião dos seus 25 anos e interpretada por oito cantoras portuguesas.
– O novo hino da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima)
“Cansada” é o novo hino da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), com letra e música da autoria do jornalista da SIC Rodrigo Guedes de Carvalho.
O tema é interpretado por oito vozes femininas: Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse.
Hiperligação do Vídeo:
http://videos.sapo.pt/6SE5Broswbat4LzFIeCW