LADRÃO DE SORRISOS
Calcorreio o passeio junto ao mar
Em demanda de bons ares.
Em mais uma página do mesmo livro,
Faço-me ladrão de sorrisos
Que levo comigo
Como prémio
Ou castigo.
Nunca os vejo,
Os olhares
Ou os risos
Ou as promessas
Ou mais uma página da mesma história,
Só os sinto na aragem
Que me abraça
Aquando da minha passagem.
(In Uma, Duas Vezes e Três)
Que poema triste !A forma verbal “calcorreio” ,bem como os versos “Faço-me ladrão de sorrisos
Que levo comigo
Como prémio
Ou castigo”remete-nos para um EU que procura o calor humano. Apenas tem como companhia nesse “calcorreio”Os olhares
Ou os risos
Ou as promessas”.Por isso ,só os sente ” na aragem
Que me abraça”
Angústia existencial?
Maria
Angústia temporária que a condição de poeta às vezes me traz, Maria.
Para a sua melancolia e solidão, caro José Magalhães,
um sorriso solidário do Rio para o Porto.
abraço da
Rachel
Muito obrigado Rachel, pela solidariedade e pelo sorriso.
Grande abraço