E AS GAIVOTAS TAMBÉM, UM POUCO!
O local é outro
Mas é o mesmo mar
Com os carneiros de vento
Com as escadas das ondas
Com a calma do lamento,
A incerteza de dar
Acerto às minhas contas,
E ao meu amor, seu sustento.
É outro o local,
E o mar, o mesmo de sempre
Com as traineiras que voltam
Com as gaivotas que pescam
Com a raiva que não mostram
E a certeza de somente
Saberem que não acertam
Na pessoa de quem gostam.
É o mesmo, o local,
O mar é que é outro,
O pôr-do-sol mantêm-se
E as gaivotas, também, um pouco.
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