UMA CARTA DO PORTO – Por José Fernando Magalhães (312)

 

 

CAPELA DE N. SRª DA CONCEIÇÃO

 

A capela de N. Sra. da Conceição, cujo ano de construção se desconhece com exactidão, mas se acredita remontar ao século XIX (apesar da ausência de documentos, o estudioso da Foz do Douro Joaquim Pinto da Silva aventa o séc. XVIII para a sua construção), tinha como padroeiro São Sebastião. Não se sabe quando mudou de orago nem qual a razão para a mudança, embora possa ser plausível dizer que, sendo verdade que as capelas dedicadas a S. Sebastião se construíam nas entradas das povoações para as proteger da peste, é possível que o orago  da capela de N. Sra da Conceição tenha mudado aquando da integração da Foz na cidade do Porto (finais de 1836), por esta ter deixado de estar numa entrada de povoação.

 

CAPELA N. SRA CONCEIÇÃO (FOZ DO DOURO)

 

A fachada apresenta três arcos, sendo os dois laterais de volta perfeita e o central abatido, e através deste acede-se ao templo.

Está encimada por uma janela de moldura trabalhada e, para terminar, umas pilastras toscanas, e ao centro destas apresenta um nicho envidraçado.

Acima do friso mostra ainda duas torres sineiras a ladear a imagem da Senhora da Conceição.

A possível autoria da capela é a de Nicolau Nasoni, embora possa ser de um dos seus discípulos.

As festividades à Santa são feitas pela paróquia de São João Baptista da Foz do Douro, sempre no dia oito de Dezembro.

Re-edificada em 1941, a capela está situada no encontro das ruas Padre Luís Cabral e Diogo Botelho

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Capela de pequenas dimensões, cujo aspecto é o do barroco portuense, é constituída por três altares e nave única. No altar-mor estão Nossa Senhora da Conceição, Santa Ana e São Sebastião. Nos altares colaterais estão São Francisco de Assis e a Rainha Santa Isabel.

 

CAPELA N. SRA CONCEIÇÃO (FOZ DO DOURO)

 

Para além dos serviços religiosos, realizam-se pontualmente eventos culturais.

O último foi no passado dia 1 de Dezembro, quando foi apresentada a segunda edição do “ROTEIRO LITERÁRIO DA FOZ”, de José Valle de Figueiredo, que no seu interior trazia a, também segunda edição, do “MAPA LITERÁRIO DA FOZ” de Joaquim Pinto da Silva.

Baseada no conceito do autor, que denominou de “Geografia Literária”, esta obra que foi editada pelo O Progresso da Foz, com a colaboração da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, e pela Misericórdia do Porto, reflecte bem o sucesso que tem vindo a ter o trabalho de José Valle de Figueiredo em prol da cultura, em especial com as conferências da sua “Foz Literária“.

 

MANUEL NOVAES CABRAL – MARIA LACERDA – JOSÉ VALLE DE FIGUEIREDO – JOAQUIM PINTO DA SILVA

 

A apresentação da obra esteve a cargo do Dr. Manuel Novaes Cabral.

 

O mote para este trabalho, agora mais completo e com um mapa mais simples e fácil de seguir (desta vez em tamanho A4), vem plasmado nas palavras de José Valle de Figueiredo, que encontramos nos dois primeiros parágrafos do Roteiro:

“Muitos foram os escritores que tiveram a Foz como motivo ou referência. Alguns houve, também, que tiveram o aro da Foz como lugar de nascimento, vivência e frequência.

Recuperar a sua memória e estabelecer a geografia dos lugares onde nasceram, viveram ou frequentaram é propósito do roteiro que se apresenta.”

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O próximo evento a ter lugar na capela de N. Sra. da Conceição, vai ser no dia 15 deste mês de Dezembro (Domingo).

Maria João Alvarez e Miguel Cadilhe, farão a apresentação do último livro de Joaquim Pinto da Silva 

“PASSO E FICO COMO O UNIVERSO – Fernando Pessoa, 30 anos em Bruxelas”

 

A obra, tem uma parte teórica, de textos de divulgação e análise à obra poética e filosófica de Fernando Pessoa, e outra, mais factual, descritiva e cronológica do que analítica, sobre a história do monumento (busto em bronze com 2m de altura chumbada numa base em mármore branco) que a escultora Irene Vilar criou e está desde 10 de Junho de 1989 em Bruxelas.

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MOLHE DE FELGUEIRAS – GILREU

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