Pierre-Marie Gallois sobre as Origens e Responsabilidade das Guerras Jugoslavas (1990-99) (original aqui), por Dennis Riches Lit by Imagination, … More
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Autópsia de uma morte já anunciada, a do PSF. XVI – « Superação» ou desaparecimento do partido socialista (2012-2017)? – Parte II
(Por Rémi Lefebvre, in Revue Mouvements, 2017/1, n° 89)
O PSF arrisca-se a perder a sua situação de renda de situação dominante à esquerda e de começar um processo “de pasokisação” mas ainda assim é necessário que uma alternativa organizacional se desenhe, e o PS demonstrou no passado uma resiliência organizacional sempre muito forte nas crises que atravessou.
Autópsia de uma morte já anunciada, a do PSF. XVI – « Superação» ou desaparecimento do partido socialista (2012-2017)? – Parte I
(Por Rémi Lefebvre, in Revue Mouvements, 2017/1, n° 89)
Esta viragem à direita não surpreendeu uma parte da esquerda ou os intelectuais de esquerda ou críticos sempre inclinados a pensar que os ” sociais-traidores” estão sempre disponíveis para trair. A sua dimensão é ainda um enigma para o cientista político, porque ela desafia a racionalidade eleitoral de um partido que, devido à sua conduta política, perdeu desde 2012 a maioria de seus eleitos e do seu eleitorado.
Autópsia de uma morte já anunciada, a do PSF. XV – O vazio ideológico do Partido Socialista – Parte II
(Por Rafaël Cos, in Revue Mouvements, 2017/1, n° 89)
A ausência de corpus ideológico original, a dependência crescente das representações do adversário e a interdependência em crescendo das suas elites com o campo do poder económico são mais outros fatores que fazem com que o socialismo possa aparecer hoje como sendo apenas uma etiqueta dos que procuram demarcar-se dele.
Autópsia de uma morte já anunciada, a do PSF. XV – O vazio ideológico do Partido Socialista – Parte I
(Por Rafaël Cos, in Revue Mouvements, 2017/1, n° 89)
.O quadro desolador do mandato de François Holland não pode somente ser atribuído ao contexto econômico internacional. É também o resultado de recomposições ideológicas do Partido Socialista desde o fim da era Mitterrand e do desinvestimento do trabalho programático pelos seus quadros responsáveis. A ausência do corpus doutrinal original, a crescente dependência sobre os esquemas dos adversários e o crescente entrelaçamento das elites partidárias com o campo do poder económico são todos fatores que conduziram ao esvaziamento da palavra ‘socialismo’ de todo e qualquer conteúdo identificável.
Autópsia de uma morte já anunciada, a do PSF. XIV – O que se deve reter do discurso socialista aquando da viragem para a política de rigor – Parte III
(Por Thierry Barboni — 08/07/2017)
Implicitamente, o partido é pensado sobretudo como uma organização de mobilização do eleitorado, em detrimento das outras funções atribuídas a um partido político, como nomeadamente a função doutrinal. Se as necessidades do momento fazem lei, uma tal postura sublinha igualmente o sentimento de não ser ainda plenamente reconhecido como legítimo para governar.
Autópsia de uma morte já anunciada, a do PSF. XIV – O que se deve reter do discurso socialista aquando da viragem para a política de rigor – Parte II
(Por Thierry Barboni — 08/07/2017)
Pode-se considerar que o PS é submetido nesta ocasião a uma verdadeira domesticação que se traduz seguidamente por uma “glaciação” do jogo político interno [22]. De um lado, porque o partido é excluído do processo de decisão quanto ao conteúdo das políticas seguidas. Por outro lado, porque a latitude que lhe é permitida é, finalmente, reduzida dado que o partido se limita a organizar o apoio ao governo. Qualquer tentativa de saída deste esquema opõe-se então às regras do jogo político que passaram a estar em vigor.
Autópsia de uma morte já anunciada, a do PSF. XIV – O que se deve reter do discurso socialista aquando da viragem para a política de rigor – Parte I
(Por Thierry Barboni — 08/07/2017)
Uma espécie de efeito de clic ter-se-á dado a partir de 1982, privando o PS de qualquer possibilidade real de discutir a política proposta. Numa primeira fase, a política de rigor apareceu como uma necessidade económica, face à qual um governo socialista responsável não podia fazer face de uma outra forma que diferente da que foi adotada, no prolongamento das medidas iniciadas em 1982.